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'Está na hora de parar com essa brincadeira', diz Richa sobre escolas ocupadas no Paraná

Estelita Hass Carazzai/Folhapress
Colégio Estadual Amâncio Moro, em Curitiba, ocupado por alunos neste domingo (30). Ali vota o governador Beto Richa (PSDB), que teve o local de votação transferido pela Justiça Eleitoral, assim como todos os eleitores que votam em escolas estaduais em Curitiba. O Exército e a Polícia Militar monitoram as unidades para orientar eleitores e evitar confrontos.
Colégio Estadual Amâncio Moro, em Curitiba, ocupado por alunos neste domingo (30)

Ao votar neste domingo (30) em Curitiba, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), fez novo pedido pela desocupação de escolas estaduais por estudantes, e disse que "está na hora de parar".

"Está na hora de todos se conscientizarem e pararem com essa brincadeira. Isso não leva a nada", afirmou.

Cerca de 800 escolas foram ocupadas por estudantes no Paraná nas últimas três semanas, em protesto contra a reforma do ensino médio proposta pelo governo federal. Cerca de 400 continuam ocupadas, segundo balanço da secretaria da Educação.

"Eu fiz a minha parte. Fizemos audiências públicas com alunos e professores, levamos propostas a Brasília, tranquilizei a todos dizendo que não aplicaríamos essas mudanças sem conversar com a comunidade escolar. Não há o menor sentido nessas ocupações."

Richa teve o local de votação transferido por causa das ocupações: ele costuma votar no Colégio Estadual Amâncio Moro, que está tomado por alunos. Por causa disso, votou numa escola particular.

"Acho muito lamentável todo esse transtorno ao Paraná, e em especial um prejuízo à educação", disse.

Richa destacou que há alunos prejudicados, sem aulas e provavelmente sem Enem –o MEC informou que escolas ocupadas até esta segunda (31) teriam a prova cancelada.

"É uma minoria que está sendo manipulada politicamente para essas ocupações", disse o governador tucano.

REINTEGRAÇÃO

Na quinta (27), o governo estadual conseguiu ordens de reintegração de posse de 25 colégios em Curitiba.

Parte dos estudantes, porém, inclusive no Colégio Estadual do Paraná (o maior do Estado), se recusa a sair.

Richa disse que o governo vai manter o diálogo, "de maneira pacífica".

"Vamos tentar o diálogo de todas as formas. O uso da força seria a última alternativa", afirmou, sobre o uso da Polícia Militar no cumprimento das ordens.

"Vamos esgotar todas as formas de negociação e pedir também a pais e à comunidade escolar que nos ajudem no convencimento desses alunos para atender à vontade da maioria."

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