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PRB de Crivella se fortalece e elege 31% mais prefeitos em 2016

Yasuyoshi Chiba/AFP
Rio de Janeiro's mayoral candidate for the Brazilian Republican Party (PRB) Marcelo Crivella walks with his wife Sylvia Jane (C) after casting his vote at a polling station during the municipal election runoff in Rio de Janeiro, Brazil, on October 30, 2016. An evangelical mega-church bishop who once branded Catholics demons was expected to become mayor of Rio de Janeiro on Sunday in nationwide municipal elections confirming Brazil's shift to the right. / AFP PHOTO / YASUYOSHI CHIBA
Marcelo Crivella (PRB), prefeito eleito do Rio, é fotografado depois de votar no domingo (30)

Partido do senador Marcelo Crivella, prefeito eleito do Rio de Janeiro, o PRB deve comemorar os resultados das eleições municipais de 2016. Além de conquistar como primeira capital a segunda maior cidade do país, a sigla elegeu 31% mais prefeitos e 33% mais vereadores do que em 2012.

No pleito anterior, o PRB conseguiu eleger, em dois turnos, 80 prefeitos pelo Brasil. Este ano, foram 105 eleitos –103 já no primeiro turno. No legislativo, subiram de 1.207 vereadores para 1.608, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). No segundo turno, além da capital fluminense, o partido venceu em Caxias do Sul (RS). Ficarão sob o comando da sigla cerca de 9,7 milhões de pessoas.

Segundo o professor da Unicamp Ronaldo de Almeida, o bom desempenho no legislativo pode ser explicado pelo laço com a igreja neopentecostal Universal do Reino de Deus. "A Universal é muito orquestrada, estratégica, e nessa eleição eles entraram para valer."

Para ele, porém, nas eleições majoritárias, a votação maciça de evangélicos –segundo o Datafolha, 92% declararam voto em Crivella– ajuda, mas foi preciso desvincular-se da imagem religiosa. "O voto evangélico atinge teto, é preciso mudar o discurso", diz. "O Crivella tinha dificuldade nisso e agora conseguiu, tornou sua imagem mais 'light'."

Mas nem tudo saiu com o esperado o PRB. A sigla perdeu quatro das seis disputas no segundo turno, em São Gonçalo, segundo maior colégio eleitoral do RJ, Volta Redonda (RJ), Canoas (RS) e Diadema (SP).

Além disso, não conseguiu, pela segunda vez, eleger seu candidato em São Paulo, Celso Russomanno. Em 2016 como em 2012, o deputado começou a corrida na frente e terminou em terceiro lugar.

"Não vejo falhas nem fracasso por parte do Russomano", disse, por email, o presidente interino do PRB, Eduardo Lopes. "Em 2016, a escolha foi por Doria. Ele terá outras oportunidades."

Segundo ele, o partido foca agora em 2018: quer aumentar a bancada na Câmara de 22 para 40 deputados, eleger "quatro ou cinco" senadores –hoje, Crivella é seu único nome na Casa–, e estrear em governos estaduais. "Vamos estudar cada caso e trabalhar para aumentar nossos números em todo o país."

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