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20/07/2012 - 20h29

Após 93 dias, professores em greve deixam Assembleia Legislativa da Bahia

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SALVADOR

Após 93 dias acampados no saguão da Assembleia Legislativa da Bahia, professores em greve desocuparam o imóvel na tarde desta sexta-feira. Os docentes foram obrigados a deixar o local depois de uma decisão judicial.

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Eles estavam acampados no local desde 18 de abril --no início desta semana, tiveram água e luz cortadas.

Pela manhã, os professores decidiram manter a greve que completa 102 dias no sábado. Depois, a categoria decidiu permanecer no acampamento. Segundo lideranças do movimento, eles queriam esperar a intervenção da polícia e deixar o local com livros e lápis nas mãos, para chamar atenção.

Os docentes passaram o dia todo à espera da polícia, até que às 17h20 decidiram sair, mesmo sem a presença dos oficiais.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, José Dias, o comando de greve se reunirá para definir um novo local de acampamento, que deverá ser um colégio estadual de Salvador.

"Saímos [da assembleia] em cumprimento à legalidade e para dar uma demonstração que os trabalhadores em educação cumprem a lei", disse.

MANIFESTAÇÃO

Cerca de 500 docentes participaram da manifestação de saída da assembleia. Com mochilas e colchões nas costas, gritaram pelos corredores palavras de repúdio ao governador Jaques Wagner (PT) e versos da música "Pra não dizer que não falei das flores".

Uma nova assembleia está marcada para terça-feira (24). A categoria, que pedia reajuste de 22,22%, propõe, agora, que o governo conceda aumento de 14,26% este ano. O acréscimo pode ser dividido em duas parcelas, de 7,26% e 7%.

Os docentes pedem ainda a manutenção dos 6,5% de reajuste dado no início do ano aos servidores do Estado, a recontratação de professores demitidos durante a greve e o pagamento dos salários e benefícios suspensos.

Já o governo oferece 7% de aumento em novembro deste ano e 7% em março de 2013.

Segundo o sindicato, os professores com formação de nível médio no Estado recebem hoje R$ 1.659 por uma jornada de 40 horas semanais. O piso nacional determinado pelo Ministério da Educação é de R$ 1.451. (EDER LUIS SANTANA)

 

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