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24/05/2010 - 19h44

Funcionários da USP dizem que reitor não entrará no prédio nesta terça

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JULIANNA GRANJEIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) informou que os funcionários da USP (Universidade de São Paulo) irão fechar o prédio da reitoria às 5h30 desta terça-feira (25). Segundo o diretor de base do Sintusp, Magno de Carvalho, o reitor João Grandino Rodas também será impedido de entrar no prédio.

Os funcionários farão uma assembleia às 9h para decidir por quanto tempo o prédio continuará fechado. "Nem o reitor ou qualquer dirigente da universidade vai entrar no prédio da reitoria.Reconhecemos que é uma medida de força, mas é uma maneira de forçar a volta da negociação", afirmou Carvalho.

Segundo o diretor, os funcionários da USP estão em greve há 20 dias. Os trabalhadores da USP, Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e de seis campi da Unesp reivindicam, entre outras coisas, aumento salarial de 16% mais R$ 200.

Na semana passada, uma reunião realizada entre o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e o Fórum das Seis --que representa funcionários e professores das três universidades estaduais-- terminou sem acordo. A proposta de reajuste de 6,57% do Cruesp foi recusada pelos funcionários e não há nova reunião agendada entre as entidades.

Em nota, o Sintusp diz que o Cruesp é intransigente ao "manter a quebra na isonomia" salarial entre funcionários e professores, suspender as negociações com o Fórum das Seis, ameaçar descontar do salário os dias parados e fazer "campanha de calúnias aos trabalhadores da USP, através da imprensa".

A assessoria da reitoria da USP informou que não irá se manifestar sobre as declarações do sindicato.

Na quarta-feira (26), segundo o Sintusp, 12 ônibus sairão de São Paulo para participar de um ato unificado entre as três universidades em greve que será realizado na Unicamp, sede do presidente do Cruesp.

Estão com as atividades interrompidas a USP, a Unicamp, e os campi de Bauru, Assis, Ilha Solteira, Jaboticabal, Rio Preto e Marília da Unesp. Os funcionários de outros campi da Unesp estão com indicativo de greve e podem aderir ao movimento nos próximos dias.

Histórico

No dia 4 de maio, a reitoria divulgou que a 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de São Paulo deferiu uma liminar estabelecendo multa de R$ 1.000 por dia, caso o movimento grevista dos trabalhadores cause transtornos, como colocação de piquetes e bloqueios de acesso, por exemplo. A liminar também prevê o não pagamento dos dias parados.

O DCE (Diretório Central dos Estudantes) da USP divulgou, no início do mês, uma nota em apoio aos funcionários. Os estudantes dizem que a liminar é um "grave ataque ao direito de greve". "Tais medidas reafirmam a indisposição completa ao diálogo e podem ser entendidas como um ataque direto ao movimento social da universidade", diz a nota.

No ano passado, uma greve iniciada por funcionários da USP também em 5 de maio ganhou a adesão de professores e estudantes um mês depois, após a Polícia Militar ter sido chamada pela então reitora Suely Vilela para impedir piquetes dos servidores em prédios como a reitoria.

A greve durou 57 dias e foi marcada por um conflito entre a Força Tática, de um lado, e estudantes e funcionários, do outro, que deixou ao menos dez feridos. A paralisação terminou em 22 de junho sem que as principais reivindicações da categoria fossem atendidas.

 

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