Editora abre microlivraria em banca no centro de São Paulo

A partir de 1º de outubro, a rua Barão de Tatuí, em Santa Cecília, região central, contará com uma banca que venderá jornais, mas não revistas sobre moda, fofoca, economia ou saúde. A banca Patuí, instalada na altura do número 275 da via, terá suas prateleiras ocupadas pelos sete livros lançados pela editora Lote 42.

Além das obras da casa, como o "Manual de Sobrevivência dos Tímidos" (R$ 39,90), de Bruno Maron, e "Seu Azul" (R$ 42,90), de Gustavo Piqueira, a ideia é ter publicações de tiragem limitada, voltadas para arte, fotografia e ilustração, com preços entre R$ 30 e R$ 50.

Gabriel Cabral/Folhapress
Thiago Blumenthal, Cecilia Arbolave e João Varella, da editora Lote 42, na banca na região central de SP
Thiago Blumenthal, Cecilia Arbolave e João Varella, da editora Lote 42, na banca na região central de SP

Segundo João Varella, 29, sócio da Lote 42, as bancas de jornais hoje não são atrativas. "Elas perderam a magia vendendo cigarro, recarga de celular", afirma. Ele e os sócios, Cecilia Arbolave, 28, e Thiago Blumenthal, 33, pretendem oferecer ainda internet sem fio a quem passa na rua, música ao vivo e um parklet (vagas de estacionamento transformadas em uma minipraça).

Apesar do risco do negócio, não é a primeira vez que a Lote 42 faz uma aposta inusitada no mercado editorial. No dia 8 de julho, quando o Brasil enfrentou a Alemanha na Copa, a editora divulgou que daria 10% de desconto em sua loja virtual para cada gol tomado pela seleção brasileira.

Após o 7 a 1, a empresa manteve a promessa e deu 70% de desconto, esgotando o estoque de 2.000 livros. "Vendemos livros abaixo do preço de custo, mas a exposição compensou o prejuízo", diz Varella.

Nessa nova empreitada, já existe um concorrente: a banca Tijuana. A lojinha funciona com a mesma proposta, mas dentro da galeria Vermelho, na rua Minas Gerais, 372, região central. O negócio existe há um ano e vende hoje 188 publicações nacionais e estrangeiras.

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