Monumento mais antigo da cidade, obelisco no centro completa 200 anos

O obelisco do largo da Memória, localizado no início da rua 7 de Abril com a rua Coronel Xavier de Toledo, no Anhangabaú, no centro de São Paulo, completa 200 anos neste sábado (18).

Para celebrar a ocasião e promover a ideia de recuperação de fontes e chafarizes da capital paulista, a Secretaria Municipal de Cultura realizou, no início deste mês, um trabalho de limpeza e proteção química contra poluição e sujeiras.

O aniversário também é marcado por uma agenda de palestras, intervenções artísticas e apresentações musicais ao longo do mês de outubro –veja a programação completa aqui.

Também chamado de Pirâmide do Piques, trata-se do monumento mais antigo da cidade, ali instalado em agosto de 1814. No local havia uma bica, ponto de encontro da população e local onde tropeiros se abasteciam de água.

Segundo informações do site do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura de São Paulo, o governo da época encomendou ao engenheiro Daniel Pedro Müller a construção da estrada do Piques para facilitar a comunicação da capital com o interior.

Müler então propôs a concepção de um largo a partir da ampliação das ladeiras do Piques e da Palha (atual 7 de Abril) e a instalação de um chafariz. A cereja do bolo da obra seria o obelisco, construído em pedra de cantaria pelo pedreiro Vicente Gomes Pereira.

O largo ficava nos limites da chamada "cidade nova", do outro lado do ribeirão Anhangabaú, local que fazia as vezes de porta de entrada da cidade na época em que as tropas de burros cumpriam papel fundamental no transporte de cargas.

Em 1919, em preparação para as comemorações do centenário da independência do Brasil, que seria completado em 1922, um projeto de reforma do largo da Memória foi levado a cabo pelo arquiteto Victor Dubugras e pelo artista plástico José Wasth Rodrigues, dando ao monumento um novo chafariz e um pórtico com azulejos, além da escadaria de pedra e azulejos decorativos feitos por Guilherme de Almeida e Wasth Rodrigues.

Na década de 1970, quando as obras para a estação Anhangabaú do metrô tiveram início, o largo foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico. Em 1991 foi a vez do Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) catalogar a obra.

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