O secretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, deixa claro que o Uber é irregular na visão da prefeitura. Desde o começo do ano passado, 17 veículos do serviço foram apreendidos na cidade. Confira a entrevista abaixo.
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sãopaulo - A prefeitura considera o Uber ilegal?
Jilmar Tatto - Nunca entramos no mérito do aplicativo. Ele pode existir. Mas quando é usado para transportar, aí trata-se de atividade irregular. Há uma lei que determina que para transportar pessoas de forma individual e cobrar por isso é preciso ter Condutáxi e veículo de placa vermelha. Eles [do Uber] usam placa cinza. Há inclusive evasão de impostos. Conversei com o secretário estadual da Segurança [Alexandre de Moraes] e é um problema pra eles também. Eles não pagam imposto nenhum.
Como a prefeitura fiscaliza?
Fazemos diariamente a fiscalização do que chamamos de táxi clandestino, a maior parte em blitz nas ruas. Ano passado, foram 256 carros apreendidos na cidade. Desses, 17 eram ligados ao Uber. Tem também táxi de fora que vem aqui pegar passageiro e casos de chapa fria: a placa do táxi é vermelha, mas o veículo não tem autorização para prestar serviço.
Há planos de regularizar o Uber?
Não temos um plano, mas debatemos o assunto. Conversamos com os taxistas e trocamos informações com o Ministério Público Federal. Estive em Nova York para falar com o departamento de trânsito de lá para ver como lidam com o Uber. Estamos tentando entender qual a solução para a questão, que é complexa. É uma tecnologia que veio para ficar e que tem que ter regulamentação. O que não pode é prejudicar aqueles que pagam impostos.
No que os táxis podem melhorar?
Há uma deficiência no transporte de táxi. Sabemos disso. Uma parte dos taxistas atende até as 19h e depois vai embora. O usuário que está na rua e não usa aplicativo tem dificuldade grande de pegar táxi em São Paulo.
O senhor chegou a usar o Uber?
Não. Aqui na cidade eu baixei o aplicativo para ver como é o funcionamento, mas não usei porque é irregular.
