Os leitores adolescentes da década de 1950 tinham em J.D. Salinger, autor de "O Apanhador no Campo de Centeio", a voz de sua geração. Atualmente, vários escritores se revezam na função. Mas, de alguns anos para cá, um em especial tem se sobressaído.
Ele é John Green, 37, americano responsável pelo best-seller juvenil "A Culpa É das Estrelas" (2012), que, levado ao cinema no ano passado, também se transformou em um arrasa-quarteirão.
Terno, o filme, que narra a descoberta do amor entre uma menina e um rapaz, ambos com câncer, foi o mais assistido no Brasil em 2014.
Nesta semana, mais um trabalho do escritor que se dedica ao público jovem chega às telas: "Cidades de Papel".
Segundo longa-metragem dirigido por Jake Schreier ("Frank e o Robô"), o drama cômico acompanha a pacata rotina de Quentin Jacobsen (Nat Wolff), ou apenas "Q", um nerd que cultiva uma paixão platônica pela misteriosa Margo Roth Spiegelman (vivida pela modelo Cara Delevingne), sua vizinha e colega de escola.
Na adolescência, eles se afastam e ela vira a garota mais desejada do colégio, anda com uma turma popular e namora o bonitão que todas cobiçam.
Algo acontece e Margo planeja uma vingança perversa contra todo o seu grupinho. Durante uma madrugada, a moça pede que Quentin a ajude com seu plano. Assim, os dois têm uma noite de aventuras —mas ela some na manhã seguinte, deixando pistas.
"Q", então, convoca seus melhores amigos, Ben (Austin Abrams) e Radar (Justice Smith), protagonistas das cenas mais engraçadas do filme, e sai à procura da amada.
Durante a jornada, vivem situações típicas da idade e, não mais que de repente, amadurecem.