Melhor de sãopaulo - Comidinhas e Guloseimas 2015

Aplicativos são a preferência de 7% dos paulistanos na hora de pedir comida

Há uma multidão na lista de possíveis consumidores do empresário Felipe Fioravante, do iFood. Em São Paulo, são 11 milhões de pessoas —ou seja, a população inteira. "Todo mundo come", afirma o CEO do aplicativo.

A empresa, da qual ele é cofundador, é a mais citada por paulistanos que recorrem a aplicativos para pedir comida em casa, segundo pesquisa Datafolha, que, pela primeira vez, perguntou aos moradores da capital seus hábitos sobre o tema.

Ao todo, 55% dos entrevistados pelo instituto disseram que costumam fazer esse tipo de compra. Entre eles, 7% optam por aplicativos, sobretudo os moradores das regiões central e oeste e na faixa dos 25 aos 34 anos.

Com menos de meia década de atuação na cidade, o serviço on-line para pedido e entrega de alimentos —há de pizza a bolos— tenta superar os tradicionais telefonemas.

Diferentemente das ligações, aplicativos como o iFood fornecem uma lista de restaurantes próximos ao local onde o cliente está, com divisões por tipo de comida. Há os ingredientes —que podem ser incluídos ou excluídos, avaliação do público e tempo de entrega estimado.

Editoria de arte/Folhapress

Na noite do último dia 16, a reportagem, que estava na região central, usou o aplicativo pela primeira vez. Após um rápido cadastro, dezenas de restaurantes surgiram na tela.

A entrega, que adicionou R$ 7 à conta, estava prevista para ocorrer em até uma hora. Demorou menos, 40 minutos, e o lanche chegou quente.

Atualmente, o serviço atende mais de cem municípios no Brasil. "Estamos próximos de 1 milhão de pedidos por mês", diz Fioravante. "Mas ainda tem muito caminho. Em cinco, sete anos, dá para chegar a 7 milhões, 8 milhões."

Só na capital paulista, de janeiro a setembro, houve 2 milhões de solicitações. O número de restaurantes paulistanos conectados ao serviço está em cerca de 2.000. No país, somam 5.000. "Tem um potencial para 25 mil."

Além de expandir o cardápio, Fioravante diz ser necessário aperfeiçoar o atendimento. "O grande desafio é melhorar a experiência depois que o usuário faz o pedido. Hoje, fazê-lo já se tornou algo com mais possibilidades do que no telefone. Mas, depois que é feito, o processo é igual ao do telefone."

O plano é permitir, um dia, que o cliente consiga acompanhar todos os passos da entrega em tempo real.

Após o iFood, o aplicativo mais mencionado por moradores da capital é o PedidosJá, lançado em 2012.

"Temos mais de 5 milhões de downloads, sendo 2 milhões no Brasil. A metade dos usuários brasileiros é de São Paulo", diz Álvaro García, fundador do aplicativo.

Segundo ele, o crescimento de pedidos na cidade tem sido "exponencial" e um dos objetivos é aumentar cada vez mais a oferta de restaurantes.

O empresário considera que boa parte dos paulistanos "gosta bastante da facilidade proporcionada" pelo aplicativo. "No entanto, nosso principal concorrente ainda é o telefone. Em sua maioria, as pessoas ainda têm o costume de pedir comida por ele."

Editoria de arte/Folhapress
Publicidade
Publicidade