"Uma praça de alimentação virtual" é a definição que Felipe Fioravante dá ao seu iFood. Mas para além da oferta de cardápios há poucas semelhanças entre o serviço do aplicativo e as áreas de shoppings centers que concentram restaurantes e lanchonetes.
Sem fila, briga por mesa ou vaivém de gente apressada, a versão on-line oferece refeições variadas, que podem ser encomendadas em poucos cliques. Com tempo médio de entrega de 50 minutos, a capital é campeã de pedidos: são cerca de 450 mil por mês.
Está aqui também a maior diversidade de cozinhas. Os mais de 2.000 estabelecimentos cadastrados em São Paulo preparam de sushi a bife ancho. Apesar da oferta eclética, as pizzas seguem protagonistas -as redondas estão presentes em 28% das vendas.
O negócio nasceu em 2011, em São Paulo, como um site. No ano seguinte, ganhou formato mobile. A mudança foi fundamental para que o projeto deslanchasse, principalmente em razão do GPS, que permite a localização de restaurantes nas proximidades. Outro fator de impulso foi a popularização dos smartphones. "As pessoas estão sempre com o celular na mão. Ligar o computador representa um passo a mais", explica Fioravante.
Líder no segmento, o iFood opera em mais de 80 cidades no Estado -o número supera 100 no Brasil- e desbancou a concorrência também na pesquisa Datafolha, apontado por 27% dos entrevistados das classes A e B como o melhor aplicativo de delivery.
Entre os maiores influenciadores da demanda estão as condições climáticas e a programação televisiva -os pedidos costumam se concentrar nos fins de semana, especialmente nas noites de domingo. Nesses dias, o jantar é encomendado sem que seja necessário levantar do sofá ou tirar o pijama.
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Para saber +
- Fundação: 2011
- Funcionários: 300
- Pedidos: 1,7 milhão/mês
- Usuários: 500 mil cadastrados na capital paulista
- ifood.com.br
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"sãopaulo" - Como anda o setor de aplicativos de delivery de comida?
Felipe Fioravante - Para o iFood, a crise se revelou uma oportunidade. Muitos restaurantes perderam volume no salão e viram o delivery como uma alternativa. Mas é difícil dizer. Se o Brasil estivesse bem, talvez o iFood estivesse maior.
Como São Paulo se destaca das outras localidades?
Na capital é possível encomendar comidas de todos os tipos, não só fast-food. Além disso, está aqui também o gasto médio mais elevado: R$ 58,50.