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Tok&Stok atravessa crise apostando em diversidade de clientela

Combinar móveis e objetos de uma forma visual para o cliente foi uma das funções de Ghislaine Dubrule, 66, quando criou a Tok&Stok ao lado do marido. Enquanto lembra os primeiros anos da empresa, a francesa —hoje CEO da marca— com tom de voz de garota, tropeça nos erres. "Eu era a única vendedora. Falava muito pior o português", conta, aos risos.

Ao longo de 38 anos, a empresária reuniu "causos": já enviou móveis dentro de um navio para montar 30 casas na floresta amazônica, "no meio do nada".

A marca tem 49 unidades no país, 12 na capital paulista. No fim de 2016, essa proporção deve crescer para 53 e 14, respectivamente. O avanço reflete reconhecimento. Pela segunda vez consecutiva, foi considerada a melhor loja de decoração e design de São Paulo, segundo a pesquisa Datafolha.

Para a empresária, a liderança da Tok&Stok explica-se pelo bom custo-benefício e respeito com o cliente. Apoiar o design nacional por meio de parcerias e desenvolver uma eficiência operacional também ajudaram. Praticidade é outro ponto. A decoradora Carolina Reade, 34, que está na Casa Cor, reforça: "A grande vantagem é ter de tudo lá. Não é a opção mais barata, mas eles têm preço e carinha de design".

Para manter a identidade em meio à crise, a Tok&Stok equilibra ajustes de preços com promoções e marketing digital. Há ainda um projeto para que os vendedores tenham tablets para fechar pedidos de qualquer ponto da loja.

Apesar de a empresa estar no azul, Ghislaine admite queda nas vendas, mas mantém os planos de expansão. "Temos um leque de opções amplo para um cliente diversificado. Assim, conseguimos atravessar a crise razoavelmente imunes", conta. "Como diz o meu marido, você está pedalando uma bicicleta e não pode parar."

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  • Fundação: 1978
  • Unidades: 50 lojas no país até o final de maio de 2016
  • Funcionários: 4.500
  • tokstok.com.br
  • 0800-7010-161

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Ghislaine Dubrule, CEO da Tok&Stok

Ainda há espaço para crescer?
Em São Paulo, vamos abrir duas lojas. Uma no Morumbi e outra na Pompeia, com quase 8.000 m². Todo o varejo está sofrendo, mas estamos bem em comparação ao segmento. Temos que acreditar na nossa força.

A crise tem afetado o setor?
Não estamos vendo luz no fim do túnel. Empresas não têm recursos para produzir ou não querem investir com medo. Há uma empresa que nos fornece couro, por exemplo, que simplesmente não está entregando material, pois não tem recurso para produzir.

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