É difícil falar sobre o drama suíço "La Vanité" sem revelar nenhum detalhe surpreendente da trama, que é cheia de reviravoltas e detalhes importantes.
Dirigido por Lionel Baier, o longa é um misto de drama e humor e, em sua essência, poderia ser um curta: passa-se em uma noite em um quarto de motel à beira da estrada, nas redondezas de Lausanne, na Suíça. Mas são justamente os diálogos e as descobertas sobre os personagens que permitem tranquilamente que o filme tenha 75 minutos.
A trama gira em torno de David Miller (vivido por Patrick Lapp), um idoso com câncer avançado. Ele decide recorrer a uma associação que oferece o serviço de suicídio assistido, a eutanásia.
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Carmen Maura e Patrick Lapp em cena de "La Vanité" |
Ele se encontra no motel, local escolhido para a morte, com Esperanza (Carmen Maura), funcionária da empresa. Ela carrega documentos —como o laudo médico que prova que Miller tem uma doença terminal— e o líquido que deverá ser ingerido por ele.
O problema é que é necessário uma testemunha para que a eutanásia possa ser realizada. Miller havia combinado tudo com o filho, Cecil. Mas, por mágoas do pai, a quem não via havia muitos anos, o homem preferiu não participar.
De mãos atadas, Miller e Esperanza recorrem a Tréplev (Ivan Georgiev), um jovem prostituto russo que atende seus clientes no quarto ao lado.
Ao longo da noite, os três personagens conversam e revelam aspectos de suas vidas pessoais e acontecimentos que os fizeram optar pela vida (ou pela futura morte) que levam.
A história de Tréplev rendeu ao filme uma indicação ao Queer Palm, o prêmio destinado a filmes com tema LGBT no Festival de Cannes. A obra não levou, mas foi consagrada com dois troféus Swiss Film Prize, o Oscar suíço, para os atores Patrick Lapp e Ivan Georgiev.
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