A loira do banheiro existe? Confira as respostas a 7 perguntas de crianças

Silvia Rodrigues
A *sãopaulo* pediu a crianças de 6 e 7 anos de uma escola municipal que perguntassem o que quisessem sobre qualquer assunto. Abaixo, as respostas
A sãopaulo pediu a crianças de 6 e 7 anos de uma escola municipal que perguntassem o que quisessem sobre qualquer assunto. Abaixo, as respostas a sete delas. Você sabia?

Na sala de aula de uma turma da primeira série da escola municipal Celso Leite Ribeiro Filho, na Bela Vista, região central, a sãopaulo pediu a crianças de 6 e 7 anos que fizessem perguntas sobre qualquer assunto.

Uma hora, muitos 'tios' e dezenas de dúvidas depois, trazemos, abaixo, as respostas a sete questões levantadas.

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Clique nos marcadores que surgem ao levar a seta do mouse ou tocar sobre a ilustração abaixo para ver as explicações de especialistas. Você sabia?

Mas por quê?

Por que o morcego dorme de dia e de ponta-cabeça?
À noite, morcegos podem se alimentar sem serem incomodados, já que é mais difícil de serem achados. Eles usam um sistema de "ecolocalização", em que emitem sons que os ajudam a saber onde estão. Apesar de suas patas não serem fortes o bastante para darem o impulso necessário para voar, elas têm uma estrutura que os ajudam a se segurar em galhos sem precisar de muita força. Assim, de ponta-cabeça, eles podem acordar, soltar-se e já começar a voar.

Sandro José Conde, professor do Instituto Federal de São Paulo em São Roque.

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Por que a girafa tem um pescoço tão grande?
Ao longo do tempo, girafas que nasciam com pescoços maiores podiam alcançar e comer as folhas nos topos das árvores. Assim, sobreviviam e geravam filhotes de pescoço longo, enquanto bichos menores disputavam comida com outros animais. Chamamos isso de seleção natural: quando certos seres sobrevivem por terem características que lhes dão vantagens e os ajudam a sobreviver.

Eleonore Setz, professora do Instituto de Biologia da Unicamp.

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Por que a gente tem cabelo?
Na época em que os homens e as mulheres surgiram, há milhares de anos, eles viviam na natureza -e não existia chapéu ou guarda-sol!
Os cabelos eram uma forma de proteção contra o sol, o frio e a perda de água que acontece por conta do calor. Com o tempo, o ser humano foi mudando. Hoje, os pelos nos ajudam a não ficar com tanto frio e o cabelo ainda serve para proteger a cabeça, mas usamos mais para nos diferenciar.

Alessandra Haddad, cirurgiã plástica com especialização em dermatologia e professora da Unifesp.

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Do que é feito o metal?
De pequenas partículas, conhecidas por átomos, que chamamos de elementos químicos e compõem toda a matéria na natureza. Existe um grupo desses elementos chamado metais. Nele, estão o ferro, o ouro e o alumínio, entre outros. Às vezes, alguns metais são unidos para formar um novo material, como o aço e o bronze -isso é conhecido como liga metálica. Fora da ciência, no dia a dia, a palavra "metal" também é usada popularmente para identificar todas essas coisas.

Ítalo Curcio, professor de física do Mackenzie.

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Por que água-viva não tem olho?
É verdade: elas não têm olhos e não enxergam. Mas isso não significa que não sentem o ambiente onde vivem. Pelo contrário, elas têm componentes na pele chamados de ropálios, que ficam em torno de todo o corpo, por onde percebem a luz do sol que chega à superfície da água e, mesmo sem imagens, conseguem se localizar no mar.

Flávio Dias Passos, professor do departamento de Biologia da Unicamp.

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Por que a água não tem cor e o mar é azul?
Nós enxergamos um objeto porque a luz bate nele, reflete e chega aos olhos. Se enxergamos essa coisa na cor azul, é porque a luz azul foi refletida. A água é transparente porque a luz que bate nela 'atravessa', sendo pouco refletida. Na água do mar, um conjunto de partículas, como areia, sal e material orgânico, está em suspensão. Dependendo da mistura, ela pode refletir azul ou verde.

Ítalo Curcio, professor de física do Mackenzie.

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A loira do banheiro existe?
É uma lenda que começou com uma história dos anos 1800 sobre uma moça da cidade de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, chamada Maria Augusta. Naquela época, era comum ter casamentos arranjados, decididos pela família, mesmo que as pessoas não se amassem. Maria Augusta foi obrigada a se casar cedo com um homem mais velho. Teve de se mudar para a França e, lá, ficou doente e morreu. Dizem que no momento em que ela morreu, um espelho na casa de seus pais se quebrou. O corpo dela foi levado de volta para a casa e, lá, foi velado, que é quando quem morreu recebe a visita de pessoas queridas. Depois de um tempo, a casa virou uma escola e ali começou a história. Com o tempo, ela foi sendo contada de diferentes jeitos, em muitas escolas.

Rosana Schwartz, historiadora da Universidade Mackenzie.

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