Cafeterias de SP buscam máquinas raras para turbinar suas doses

Gabriel Cabral/Folhapress
São Paulo, SP, Brasil, 19-04-2017: Máquina modular de café ModBar, do Isso é Café. O espaço será inaugurado no Beco do Batman, na Vila Madalena. (foto Gabriel Cabral/Folhapress)
A ModBar, do novo Isso é Café

O arquiteto Gabriel Penteado converteu parte da casa onde mora com a família, na Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo, numa cafeteria. Para isso, ele sacrificou metade da garagem e um dormitório, onde instalou balcão de serviço, poltronas e uma bancada que facilita o uso de laptops. No lugar de um carro, estacionou ali a La Marzocco FB70.

A máquina de expresso faz parte de uma série comemorativa dos 70 anos da fábrica fundada em Florença, na Itália. E é uma das raridades encontradas em cafés paulistanos.

A de Penteado foi comprada de segunda mão e restaurada com a ajuda do amigo Alex Pereira, dono do Bio Barista, em Campos Elíseos, na região central.

O equipamento, de quase 20 anos e com tamanho incomum para uma cafeteria pequena, ajudará Penteado a servir cafés de fazendas menores no Cupping, na rua Wisard, aberto no último sábado (29).

Já Felipe Croce, da Isso é café, a mesma que funciona no Mirante Nove de Julho desde 2015, optou pela Modbar para equipar a cafeteria que fará parte do projeto de inovação social Viveiro, do empreendedor Mateus Mendonça. O espaço será inaugurado no próximo dia 12.

Desenvolvida em Indiana, EUA, a Modbar ostenta um design que a diferencia das clássicas italianas. O equipamento, que chega pela primeira vez ao Brasil, tem tecnologia capaz de automatizar processos normalmente comandados de forma manual.

"O trabalho dos baristas será mais intenso antes da abertura do café, na programação dos perfis de extração, para que eles tenham mais tempo para interagir com os clientes", diz Croce, sócio da Isso é Café.

Design é o que não falta na também americana Slayer Espresso, orginária de Seattle, terra da rede americana Starbucks. Diferentemente de projetos que usam tecnologia a ponto de quase prescindir do barista, sua operação é quase toda manual.

"É preciso conhecer bem o processo de extração, pois ela tem dispositivos de controle individualizados para cada café que sai da máquina", diz Gelma Franco, fundadora da rede de cafés Il Barista e gestora da cafeteria do museu do café em Santos, no litoral.

A bebida que sai de sua Slayer Espresso, única na capital e personalizada com acabamento em madeira náutica, pode ser provada na unidade que funciona junto a um banco na avenida Brigadeiro Faria Lima, no Jardim Paulistano.

A quilômetros dali, no restaurante e café Banri, na Liberdade, região central, o barista Lucas Salomão afirma que há cada vez mais opções de máquinas de última geração para atingir o máximo de perfeição possível no preparo do café. Ele atua como consultor de uma empresa responsável pela importação desses equipamentos.

Mas Salomão faz uma observação: "Estabilidade nas funções básicas, como fluxo de água e controle de temperatura, é o que define a excelência do equipamento. Somado a isso deve-se manter a conservação e, é claro, utilizar grãos de boa procedência".

*

ONDE FICAM AS MÁQUINAS

BANRI CAFÉ RESTAURANTE
R. Galvão Bueno, 160, Liberdade

CUPPING
R. Wisard, 171, Vila Madalena

ISSO É CAFÉ - VIVEIRO COWORKING
R. Medeiros de Albuquerque, 115, Vila Madalena

IL BARISTA
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.113, Jardim Paulistano

Publicidade
Publicidade