Bienal de Arquitetura reúne mostras e mais de 200 obras em SP até janeiro

Afinal: quem é que faz a cidade?

É com essa provocação que a 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo abriu as portas na capital. O evento estava previsto para começar nesse sábado (28), mas as atividades já acontecem há pouco mais de um mês.

Em setembro, foi organizada uma caminhada aberta ao público, que se estendeu por 120 quilômetros, indo da zona sul à região central. O trajeto, percorrido em oito dias, teve como pontos inicial e final duas unidades do Sesc: Campo Limpo e Parque Dom Pedro II. Ambos endereços que abrigam agora parte da agenda oficial da mostra.

"Nossa ideia é sair do espaço museológico e ir à cidade", explica Marcos L. Rosa, curador do evento, que neste ano tem o lema "Em Projeto" como temática. Propondo uma reflexão sobre como os núcleos urbanos se formam, a organização da Bienal fez uma seleção de mais de 200 trabalhos. "Buscamos, com esse conjunto, dar voz a grupos que não estão necessariamente vinculados à arquitetura", afirma Marcos.

Em diferentes plataformas e endereços, alguns trabalhos também serão retratados em fotografias ampliadas, que ficarão expostas no Sesc Parque Dom Pedro II até 25 de janeiro. Em outra proposta, um grande gaveteiro repleto de plantas, fotos e registros será montado na Vila Itororó, na Bela Vista, e aberto para visitação entre 4/11 e 20/12 —desde 2014, o espaço está em processo de restauração para se tornar um centro cultural.

Além dos pontos fixos, duas unidades móveis carregarão arquivos sobre rodas e transitarão por pontos da capital. O módulo também dará suporte para a realização de palestras e debates, sempre abordando temas relacionados com as cidades.

A programação das atividades, todas gratuitas, está disponível na página do evento e deve receber novidades semanalmente.

Realizada pela primeira vez em 1975, a Bienal de Arquitetura de São Paulo foi, aos poucos, transformado-se. Neste ano, de maneira ainda mais enfática, a curadoria abre espaço para outras disciplinas.

A ampliação permite a divulgação de obras como o vídeo que registra o mergulho de Flavio Barollo nas águas do rio Tietê. Devidamente vestido com roupas impermeáveis, o artista submergiu no rio poluído a fim de provocar uma reflexão sobre a situação das águas da capital. Fotos e vídeos que registram os 120 quilômetros de trekking urbano, que ocorreu em setembro e abriu esta edição da mostra, também estão entre os trabalhos apresentados.

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DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO

Exposição de fotografias ampliadas
Imagens dos trabalhos da Bienal

Sesc Parque Dom Pedro II. Pça. São Vito, s/nº, Brás (em frente ao Mercado Municipal). Até 25/1.

Módulo Satélite
Estrutura móvel com material sobre os trabalhos e espaço para palestras e debates

Sesc Campo Limpo. R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120, Vila Prel. Até 12/11.

Sesc Itaquera. Av. Fernando do Espírito Santo Alves de Mattos, 1.000. De 5/12 a 21/12.

Mapoteca
Gaveteiro com documentos, escritos e registros

Vila Itororó. R. Pedroso, 238, Bela Vista. De 4/11 a 15/12.

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OUTROS ENDEREÇOS

  • Praça das Artes. Av. São João, 281, Centro
  • Biblioteca Mario de Andrade. R. da Consolação, 94
  • Casa do Povo. R. Três Rios, 252, Bom Retiro
  • Ocupação 9 de Julho. Av. Nove de Julho, 216, Centro
  • Sesc Osasco. Av. Sport Club Corinthians Paulista, 1.300, Jardim das Flores
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