Inseparável, casal de cães é caso raro de animais que só podem ser adotados juntos

Sabe aquele amor adolescente que começa com uma bochecha vermelha, borboletas no estômago, um suor que escorre fora de hora? E, de repente, já estamos rimando amor com dor, planejando uma tatuagem e dizendo pelos cantos que o mundo não tem sentido sem o outro?

Com os cães Crispy e Sucrilhos é mais ou menos assim.

Só que, em vez das mãos dadas, há lambidas no focinho. No lugar de rosas, ele entrega uma bolinha mastigada. E nada de noites inteiras trocando mensagens pelo celular. Os dois gostam mesmo é de soltar um uivante "auuuuuuuu" quando estão separados.

"Assim que chegaram, para facilitar a adoção, colocamos cada um deles em um lugar. Mas o Sucrilhos ficou deprimido e parou de comer. Já a Crispy ficou impossível, só latia", lembra Denise Fontana, responsável pelo abrigo na Granja Viana (Grande São Paulo) onde os dois estão à espera de um lar. Um grude que só, agora só podem ser levados juntos.

Juntos, aliás, como foram encontrados no ano passado, em um terreno de Carapicuíba –alguns meses depois de fazerem algo, digamos, nem tão adolescente assim. Em volta deles, nove filhotes tentavam mamar em Crispy.

"Mas ela é meio criança, sem juízo, não dava atenção aos filhos. Quando fizemos o resgate, amamentamos todos com mamadeira." Após crescerem e terem sido vacinados e castrados, todos os nove foram adotados.

Hoje o casal tem dois anos e vive com mais 101 cães –entre eles, Torrada e Tostex, também namorados. E esperam um telefonema no (11) 98447-4859 ou uma mensagem no Facebook para, quem sabe, paquerarem sob um teto que possam chamar de seu.

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CURIOSIDADE

Até agora, todos os interessados na adoção desistiram ao saber que precisariam levar os dois cães.

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