Versão de 'Hamlet' imagina podridão do reino da Dinamarca nos dias de hoje

João Gabriel Monteiro/Divulgação
Patrícia Selonk como Hamlet em montagem da Armazém Companhia para a tragédia de Shakespeare
Patrícia Selonk como Hamlet em montagem da Armazém Companhia para a tragédia de Shakespeare

A podridão do reino da Dinamarca retratada em "Hamlet" teria se arrastado pelos séculos e chegado até os dias de hoje. Na versão da Armazém Companhia de Teatro para a tragédia, que estreia em São Paulo após uma elogiada temporada no Rio, busca-se ligar as questões discutidas na peça de Shakespeare às crises do mundo contemporâneo.

A corte real dinamarquesa, no qual se passa toda a história, é mergulhada na corrupção; as manipulações, os jogos de poder e as traições que perpassam a tragédia fazem paralelos com a política de hoje e a sensação de caos.

A mudança de perspectiva também se dá no protagonista: é uma mulher (a atriz Patrícia Selonk) quem interpreta Hamlet, o príncipe da Dinamarca que decide vingar a morte do pai –ele acredita que o assassino foi seu tio, invejoso do trono– e adentra um terreno entre o racional e a loucura.

Centro Cultural São Paulo - sala Jardel Filho. R. Vergueiro, 1.000. Dias 28, 29 e 30/9: sex. e sáb., às 21h, dom., às 20h. De 2 a 6/10: ter. a qui., às 20h, sex. e sáb., às 21h. De 9 a 14/10: ter. a qui., às 20h, sex. e sáb., às 21h, dom., às 20h. 140 min. 14 anos. Ingr.: R$ 40.

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MUSICAL Todo aquele jazz

Radicado há 30 anos no Brasil, o italiano Billy Bond se especializou no chamado "family entertainment" (espetáculos para adultos e crianças) e agora dirige "Um Dia na Broadway". Trata-se de um tributo aos musicais americanos e acompanha um casal que viaja a Nova York e passeia por clássicos como "Evita", "Chicago", "Grease" e "Les Misérables".

Teatro Bradesco. R. Palestra Itália, 500. Sex. e sáb.: 21h. Dom.: 20h. De 5 a 28/10. 150 min. Livre. Ingr.: R$ 80 a R$ 200.

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COMÉDIA A noite dos mortos-vivos

O grupo carioca Foguetes Maravilha fala de maneira bem-humorada das mazelas contemporâneas. Em "Mortos-Vivos - Uma Ex-Conferência", a companhia parte da premissa que o mundo vive hoje um apocalipse zumbi. A peça é como uma palestra, na qual especialistas discutem estratégias de sobrevivência nesse mundo, passando por assuntos como alteridade, preconceito e violência.

Sesc Belenzinho. R. Padre Adelino, 1.000. Sex. e sáb.: 21h30. Dom.: 18h30. De 28/9 a 27/10. Ingr.: R$ 9 a R$ 30.

Francisco Costa/Divulgação
Grupo Foguetes Maravilha na peça "Mortos-Vivos - Uma Ex-Conferência", de Alex Cassal e direção de Renato Linhares
Grupo Foguetes Maravilha na peça "Mortos-Vivos - Uma Ex-Conferência", de Alex Cassal e direção de Renato Linhares
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