Escolas testam modelos que deixam para trás a velha ideia do professor que só despeja conteúdo

Pergunte a uma escola qual é a sua linha pedagógica e receba como resposta pelo menos um parágrafo. Foi-se o tempo em que uma palavra resolvia essa questão, como tradicional, construtivista, humanista ou democrática.

A busca por modelos capazes de dar conta de crianças e jovens absorvidos pela revolução tecnológica chegou até aos mais conservadores dos colégios, finalmente convencidos de que não há mais como manter o velho sistema do professor despejando conteúdo na lousa para alunos que absorvem tudo passivamente.

Dentre as escolas particulares, a disputa para conquistar a confiança das famílias torna os anúncios publicitários uma verdadeira sopa de conceitos. Cidadania, ética, empreendedorismo, sustentabilidade, fluência digital, liderança, consciência global...

"Existe uma clara mudança de discurso. Antes falava-se em uma formação com mais técnica e mais conteúdo, hoje fala-se em formar o ser humano, o cidadão do mundo. Ficou para trás aquela ideia da escola forte, centrada só no conteúdo", observa a socióloga Helena Singer, que tem pós-doutorado em educação e presidiu no Ministério da Educação o mapeamento de escolas inovadoras e criativas.

O ensino por projetos e a ideia do aluno protagonista estão na moda, além da tecnologia, do bilinguismo, dos currículos internacionais e outros. Professora da Faculdade de Educação da USP, Silvia Colello alerta que é preciso verificar se as escolas usam as novidades de forma adequada e se não as vendem só no marketing. "E nem toda modernização é boa."

A revista sãopaulo lista tendências da educação praticadas por dez colégios da capital, de públicos até os que têm mensalidades acima de R$ 5.000.

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Confira abaixo uma seleção de colégios e conheça as suas características:

Lourenço Castanho

Dante Alighieri

Maple Bear

Emei Dona Leopoldina

Móbile

Marista Arquidiocesano

Equipe

Teia Multicultural

Emef Desembargador Amorim Lima

Pueri Domus

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