Brasileiro moderno, Satú abre no badalado Baixo Pinheiros com cozinha de Flávio Miyamura

Tudo no novo Satú será brasileiro: a comida, a música, o mobiliário. "Menos o chef", brinca o cozinheiro de ascendência nipônica Flávio Miyamura.

Adriano Vizoni/Folhapress
Pargo com cogumelos de Santa Catarina e Tucupi do Satú
Pargo com cogumelos de Santa Catarina e Tucupi do Satú

Ele é o responsável gastronômico da empreitada, que inaugura até dia 15 deste mês no miolo do badalado Baixo Pinheiros.

Seus sócios têm quilometragem no bairro -e ajudaram a firmar sua vocação. Amilcar Azevedo abriu ali o Nou há dez anos e seu sócio, Paulo Sousa, o bar Negroni há dois.

E o que esperar da cozinha? O mesmo da trilha sonora, "que é brasileira mas não é Elis Regina", brinca Amilcar.

A ideia é trabalhar com ingredientes nacionais -feijões, farinhas, peixes- sem se apegar ao receituário regional clássico.

Como, por exemplo, num risoto de frutos do mar com tucupi negro no lugar de tinta de lula. Ou brincar com comidinhas do nosso imaginário -já pensou em receber raspadinha no lugar de sorbet?

É a primeira vez que Miyamura finca os dois pés na culinária nacional. Mesmo que pesquisasse aqui e ali (como quando trabalhou no D.O.M.), seu estilo preciso e criativo carrega mais referências asiáticas.

"Nunca quis ser rotulado assim e é um desafio fazer cozinha brasileira, mas também uma grande vontade", diz.

Essa mistura de brasilidade segue no bar (com infusões e bebidas) e na carta de vinhos, 100% nacional.

Também domina o ambiente, informal-mais-pro-descolado com mesas no luminoso salão, na varanda e no jardim aos fundos, de frente para a cozinha.

Uma parte dos utensílios, aliás, vem do sul da Bahia -a mesma região da lagoa do Satú, em Caraíva, que dá nome à casa.

R. Ferreira de Araújo, 450, Baixo Pinheiros. Seg. à sáb.: 19h às 24h; dom.: 12h às 17h

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