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02/08/2010 - 11h11

Jorge Drexler quebra sua própria regra e dá entrevista antes de subir ao palco

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ADRIANA KÜCHLER
COLUNISTA DA REVISTA sãopaulo

Em vez do básico "Alô, som!", Jorge Drexler testa assim o microfone: "Boa noitchi!" Ao se apresentar, se vale do mesmo português: "Oi, sou o Jorgi!", diz, no camarim do Via Funchal, onde se apresentaria naquela noite.

Christian von Ameln/-
Bastidores do show do uruguaio Jorge Drexler (passagem de som e camarim), no Via Funchal; artista revela rituais antes das apresentações
Show do uruguaio Jorge Drexler (à dir.), no Via Funchal, em São Paulo; artista revela rituais antes das apresentações

Xícara de chá na mão, o uruguaio revela seus rituais antes dos shows: não tomar mate porque "é excitante" e não dar entrevistas... "Jorgi" sorri.

Chapéu no colo e mãos sobre o chapéu exibem unhas compridas na direita e curtas na esquerda, mantidas assim desde a adolescência, quando começou a tocar violão. "As unhas produzem muitas mudanças nos hábitos sexuais das pessoas", diz. "Você passa a não poder fazer tudo que quer com essa mão [mostra a de unhas longas]. Tive que educar a esquerda..."

Quem quiser encontrar Drexler em SP deve ir a seu bar preferido, o Genésio, na Vila Madalena. Na noite anterior, foi lá que ele tomou uns chopes com o diretor Andrucha Waddington. Outro programa drexleriano obrigatório por aqui é encher a mala de CDs. Dessa vez, comprou "uns 20": "Os primeiros do Jorge Ben, os últimos do Gil e o do Marcelo Camelo", novo amigo com quem dividiria o palco à noite.

Veja Vídeo

"Engraçado, né? Entrevista aqui é sempre sobre o Brasil. Adoro essa fé que o país tem em si mesmo, mas é incrivelmente autorreferencial", diz. "Gosto muito dos paulistas: hipercosmopolitas e, ao mesmo tempo, cálidos. Em NY, as pessoas são pretensiosas." Em tributo a SP, o show ganhou versão de "Sampa" em ritmo de milonga, "feita com respeito desrespeitoso".

TOQUE DE MIDAS

Vai ser no fim do mês a abertura, em esquema "soft opening", do novo restaurante de Diego Belda (dono do bar CB e do saudoso Casa Belfiore): o Rothko. Dessa vez, Diego expande seus domínios da Barra Funda para a Vila Madalena e se instala na rua Wisard. "Tudo que eu toco vira boteco, mas dessa vez o foco vai ser mesmo a comida", brinca ele. No cardápio, o destaque são as porções variadas, como a de pancetta de porco enrolada em couve e servida com canjica. O ambiente promete ser "mais limpinho" e o rock deve ser substituído pelo jazz.

LATA D'ÁGUA NA CABEÇA

Atração do novo evento Fourfest, o canadense Caribou, presente em festivais gringos como o Sónar e o Reading, fez exigências um tanto naturebas para o camarim de seu show em SP. Além do básico kit vinho-cerveja, o multi-instrumentista pede para abastecer a banda com leite de soja, cereais, homus e frutas. E avisa que "estamos evitando consumir água engarrafada e levaremos nossos próprios recipientes reutilizáveis". O festival rola no dia 27 de outubro, no Clash Club.

ESCRITO NAS ESTRELAS

A famosa astróloga pop americana Susan Miller descobriu na internet a camiseta que a grife Q-Vizu fez em sua homenagem com a frase "Susan Miller was totally right [Susan estava totalmente certa]". Na hora, encomendou à estilista Renata Grimberg três peças, para ela e as filhas, e fez mais uma esperada previsão para o futuro: planeja visitar São Paulo e Rio de Janeiro ainda neste ano ou em 2011. A grife vende suas peças nos shoppings Pátio Higienópolis e Morumbi.

A NÚMERO 3

A modelo russa Sasha Pivovarova, 25, número três no ranking do Models.com, usado para medir o prestígio das tops, esteve na cidade no começo de julho para posar para a campanha da marca Santa Lolla. Por aqui, ela, que já foi o rosto da Prada, impressionou por seu perfil inusitado no mundo da moda: formada em história da arte em Moscou, diz que não tem televisão e pinta e faz esculturas em um estúdio em Nova York, onde mora.

SKATE EM SP
A lista de Daniel Marques

Um dos retratados na mostra "Destroy and Create", que entra em cartaz na sexta e trata da relação entre skatistas e a cidade, Daniel escolhe bons "picos" para andar em SP.

1 - Avenida Paulista à noite ou em feriado
"A calçada foi reformada e ficou lisa e espaçosa. Além disso, a rua é grande e tem muitas coisas, como bordas e escadas, pra andar."

2 - Vale do Anhangabaú
"É um clássico também. Skatistas de fora, de passagem por SP, sempre vão conhecer o vale. Tem uma espécie de arquibancada com degraus de mármore que é muito boa pra manobras mais técnicas. O ruim é que, às vezes, você tem que desviar de algum mendigo."

3 - Praça "blue square" (na rua Grajaú, em Perdizes)
"Ela tem pouco movimento e é no meio de um bairro tranquilo. Por isso, dá pra andar qualquer dia. Tem chão liso e pequenas escadas e corrimãos 
pra pular."

4 - Praça Roosevelt
"É um lugar bem clássico. Desde os anos 80, se anda bastante de skate por lá. E, há uns tempos, pra melhorar, um skatista argentino construiu uns obstáculos que interagem com a arquitetura da praça."

A lista de Klaus Bohms

Skatista profissional que também participa da mostra, na galeria Matilha Cultural, Klaus seleciona lugares complicados para andar de skate na cidade.

1 - Avenida Paulista antes das 23h
"Tem muito lugar privado onde, às vezes, os seguranças não deixam andar. O skatista sempre dá um jeitinho, mas tem que tomar cuidado com os pedestres, com os carros, pro skate não escapar pra avenida..."

2 - "Manual" da Consolação (área da praça mal. Cordeiro de Farias, no encontro da Paulista com a Consolação)
"São uns degraus em que você vai equilibrando o skate e que permitem uma manobra bem específica. É perigoso porque tem muito pedestre e o skate pode escapar e cair lá embaixo naquela avenida que depois vira a Paulista."

3 - Praça da Sé
"É legal porque tem bordas [degraus] e um monumento com umas transições [rampas], mas é difícil pelo grande movimento de pedestres o dia inteiro. Com assalto, a gente não se preocupa. A gente corre menos risco do que o cidadão comum, que tem uma bolsa. Andar de skate na rua já é um risco, mas o risco também é um atrativo, de certa forma."

4 - Monumentos da avenida 23 de Maio
"Atrás do Centro Cultural São Paulo. São três rampas enormes no meio da avenida. Dá pra andar, mas sempre tem perigo de o skate ir pra rua. E deve ser proibido, então a polícia pode pedir pra você parar."

 

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