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"SP vive idade de ouro criativa", diz cineasta Vincent Moon
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EDSON VALENTE
DE SÃO PAULO
Tarimbado pelo trabalho com músicos e bandas do mundo todo --algumas do quilate de R.E.M. e Arcade Fire--, o diretor Vincent Moon, 31, diz ter encontrado em São Paulo uma efervescência criativa só comparável à da distante Pristina, no Kosovo.
Há dez anos, o artista francês produz filmes que subvertem o formato de videoclipe sacramentado pela MTV. "Busco algo mais orgânico, improvisado", define.
Moon grava performances ao vivo em ruas, elevadores, parques, estações de metrô. Mais de 200 delas podem ser vistas --de graça-- na internet (www.vincentmoon.com).
O cineasta, que estava no Brasil até o mês passado, caiu de amores pelo caos da metrópole. "A complexidade de São Paulo torna-a excitante. Sua arquitetura não faz sentido, faz com que você se perca."
Marisa Cauduro/Folhapress |
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O francês Vincent Moon, que diz ter encontrado em São Paulo uma efervescência criativa só comparável à de Pristina, no Kosovo |
Para os "takes", escolheu palcos como o Minhocão, para o cantor Thiago Pethit. À recifense Lulina pediu que tocasse em becos da Vila Madalena. Tom Zé foi filmado no alto do prédio em que mora; emoldurado pelo céu cinza, cometeu genialidades como transformar as próprias bochechas em instrumento de percussão.
sãopaulo - De que festa daqui você mais gostou?
Vincent Moon - Da Casa do Mancha, na Vila Madalena [point de shows da cena "indie" paulistana]. E do Samba da Vela [casa de samba em Santo Amaro], é claro.
Como avalia a cidade culturalmente?
Sinto que atravessa a idade de ouro da criatividade. Há uma energia incrível produzindo mais e mais. Nesse nível completo de criatividade, é a cidade mais excitante que conheço, ao lado de Pristina, no Kosovo.
O que inspirou seu trabalho aqui?
A vontade de incluir nele esses aspectos culturais. A arquitetura também foi importante. A organização caótica de uma cidade é ótima para trocas orgânicas.
Como você compararia São Paulo, Rio e Salvador?
É difícil acreditar que um mesmo país tenha três lugares extraordinários e tão diferentes entre si. São Paulo é a mente, o lutador capitalista (e, Deus, eu geralmente odeio esse termo), a máquina que está sempre se expandindo. A geografia de São Paulo, extensa, aberta a infinitas evoluções, é contrastante com o cenário maravilhoso, porém preso, do Rio. O Rio é uma cidade ao mesmo tempo mais conservadora e o lugar mais festivo em que estive. Amo profundamente essas duas cidades. Salvador é muito mais selvagem, em certo aspecto muito mais intensa e não deixa muito espaço para influências externas. Fiquei bastante impressionado.
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