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26/05/2011 - 22h00

Artista plástico lança livro com obras que estão espalhadas pela cidade

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MANUELA AQUINO
DE SÃO PAULO

Maria do Carmo/Folhapress
Chico Niedzielski, 58, com a escultura que fez para o parque do Povo
Chico Niedzielski, 58, com uma de suas esculturas

O sobrenome cheio de consoantes pode causar estranheza, mas a chance de o paulistano conhecer o trabalho do artista plástico Chico Niedzielski, 58, é grande. É dele, por exemplo, o móbile de 40 m de altura que ocupa o vão do Sesc Vila Mariana, na zona sul da cidade. Chamada de "Vórtice", a obra é composta por 240 peixes coloridos que giram presos a cabos de aço.

Também integram seu portfólio a "Estrela", que está no Centro da Cultura Judaica, na região oeste, e as três obras que enfeitam o Centro Universitário Senac de Santo Amaro, na região sul. Esses e outros trabalhos podem ser vistos no livro que Chico acaba de lançar pela editora Olhares (2010, 152 págs., R$ 75).

GEOMETRIA SAGRADA

Nascido em Catanduva, no interior de São Paulo, o artista veio para a capital ainda criança e foi criado no Itaim Bibi, na região oeste. Arriscou as primeiras lapidadas no giz da sala de aula.

Chico cursou dois anos de filosofia na USP e aprendeu sozinho a esculpir. Sua primeira criação foi um triângulo de resina que guarda até hoje. Depois disso, bateu na porta de uma galeria perto de casa, onde deixou exemplares de seu trabalho. Foi o pontapé da sua carreira.

O escultor tem como base para suas obras a geometria sagrada, que é o estudo das proporções e das formas encontradas na natureza. Para produzi-las, usa materiais como aço, cobre, alumínio e resina de poliéster.

A última peça concluída, "Magen-tetraedros", deve ser instalada no parque do Povo --a doação está em análise no Departamento de Patrimônio Histórico. Feitas de aço anticorrosivo, duas pirâmides se entrelaçam para representar "Merka-ba", palavra egípcia que significa "o veículo da alma". "Quero que as pessoas reconheçam a natureza nela e vibrem junto."

BARULHO DE SAPO

A paixão do artista pela natureza o fez mudar, em 2000, para Itapecerica da Serra, a 34 km de São Paulo. Em sua chácara, ele faz os projetos e as maquetes das esculturas --a fabricação é terceirizada. Afastado do barulho, ele vive ali com a mulher, a arquiteta Verena Rapp, 57. "Aqui é muito bom, tenho três cachorros, duas galinhas e ouço barulho de sapo", diz, em pleno contato com o que lhe inspira.

 

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