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Fotos de bruços e rosto colado à superfície ganham adeptos em SP
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ANDRÉ LOBATO
DE SÃO PAULO
Colocar a cara no chão pode não ser a pose mais bonita do seu álbum de fotografias, mas leva você a participar da nova moda da internet, o "planking". Deite de bruços, com os braços rentes ao corpo e o rosto colado à superfície, e peça para alguém tirar uma foto sua. Depois, publique a foto no Facebook, no Instagram ou em qualquer outra rede social.
Achou estranho? Pois saiba que você não estará sozinho. Cerca de 317 mil pessoas já curtiram a página do "planking" no Facebook.
Fotos de "planking" feitas na cidade e publicadas no aplicativo Instagram |
A publicitária Raina Rocha, 22, fez pose no escritório em que trabalha, na Vila Madalena, zona oeste. "É só uma forma bizarra de se divertir."
A chef Mayra Abbondanza Abucham, 33, inovou e postou uma foto de seu bebê em posição de "planking", para "causar com as amigas". "O legal é o quão criativo você pode ser na variação de um mesmo assunto", diz.
O diretor de arte Beto Macedo, 30, que já fez "planking" na varanda, embaixo de um carro e na grama com uma amiga e uma criança, também foi atraído pela possibilidade de ser criativo. "Em geral, as fotos de celular são bem óbvias. É difícil ser surpreendido com a quantidade de conteúdo que temos, pois todo mundo faz foto de alguma coisa." Para ele, a pose de cara para o chão gera um resultado "mórbido, mas divertido".
Embora exibicionista, o "planking" não é autoral, afirma Bia Granja, curadora do youPix, festival de cultura de internet. "Você faz parte de um movimento supercriativo, mas não mostra a sua cara. É paradoxal porque vivemos uma época de egos exacerbados, em que todo mundo quer 15 minutos de fama na internet."
Segundo a BBC, britânicos criaram, em 2000, o "lying down game" (jogo do deitado). Cerca de sete anos depois, australianos criaram o "planking" (algo como "em forma de prancha"). Com o nome, a prática ganhou fama.
Mas nem toda divulgação é positiva. Em maio, um jovem australiano de 20 anos morreu ao tentar se equilibrar em um parapeito. Também houve casos de demissão de funcionários que fizeram "planking" em empresas.
No exterior, há quem encare o "planking" como uma forma inusitada de chamar atenção para assuntos relevantes, como o turismo. As irmãs taiwanesas Karren e Jinyu, as Pujie Girls, fazem fotos em diversos lugares para divulgar a cidade de Taipei.
E, como boas garotas, advertem: a brincadeira não deve ser perigosa. "Nossas três regras de ouro são: não atrapalhamos as pessoas, não nos machucamos e não estragamos propriedade pública." De resto, vale tudo.
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