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24/08/2011 - 17h03

Samuel Seibel faz Livraria da Vila crescer e aparecer

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BRUNO HUBERMAN
MARCELO QUAZ
DE SÃO PAULO

Desde que Samuel Seibel, 56, tomou as rédeas da Livraria da Vila, no final de 2002, o negócio cresceu e apareceu. Antes restrita à Vila Madalena, onde a primeira unidade foi aberta há 26 anos, a marca ganhou cinco novas lojas em endereços nobres da cidade de São Paulo. A última foi aberta na quinta-feira (18), no shopping Pátio Higienópolis.

Eugênio Vieira/Folhapress
Samuel Seibel em biblioteca na Vila Nova Conceição
Samuel Seibel em sua biblioteca particular

"Para o ano que vem, está prevista uma nova unidade no shopping Iguatemi JK", confirma ele, em referência ao empreendimento voltado ao mercado de luxo que está sendo construído na Vila Olímpia.

O livreiro recebeu a sãopaulo em seu apartamento, na Vila Nova Conceição (zona sul), para conversar sobre o que ele chama de a "terceira grande fase" da sua vida. "É a junção de minhas experiências intelectuais e empresariais. Os últimos nove anos foram incríveis", afirma.

A primeira fase foi como jornalista, profissão que exerceu por dez anos. A segunda, que durou 20 anos, foi dentro da empresa da família, no setor moveleiro. "Eu era insatisfeito com o meu trabalho, mas nunca planejei me tornar um livreiro. Simplesmente aconteceu", conta ele, que decidiu mudar de ramo após um "insight" dentro de uma livraria carioca.

Quase dez anos depois, Seibel ainda fala do negócio com entusiasmo. "O meu universo é estimulante. Acontecem momentos interessantes a toda hora." No dia a dia, ele gosta de fazer as vezes de vendedor e trocar ideias com os clientes. "É a parte do trabalho da qual mais gosto."

Sobre a diferença entre "megastores" e livrarias mais aconchegantes, como a sua, Seibel não titubeia. "Para mim, qualquer um que venda livros é concorrente. O que eu acho mais importante é que uma livraria tenha alma, não se trata de ser grande ou pequena. E nós encontramos a nossa."

Nem mesmo o crescimento dos livros digitais o assusta. Para ele, esse novo formato vai contribuir para a formação de novos leitores. "Se as pessoas deixarem de sair de casa para ir às livrarias, será a falência não apenas do livro mas também da sociedade", diz.

Seu pai, Bernardo, leitor incansável de Jorge Amado, foi quem lhe transmitiu o gosto pela leitura, iniciada com Monteiro Lobato. "Eu queria ser o Pedrinho", conta.

Em vez de Pedrinho, Samuel virou livreiro. Administra o negócio com os dois filhos --Flávio, 29, diretor financeiro, e Rafael, 28, gerente de marketing-- e treina triatlo (bicicleta, natação e corrida) dez horas por semana.

No meio de atividades pessoais e projetos paralelos, tenta arrumar tempo para ler. "Entre comprar livros e lê-los, há uma diferença muito grande", lamenta sorrindo.

 

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