Datafolha ouve paulistanos que viajam sobre melhores destinos e serviços
Mudanças pouco expressivas nos resultados da edição de 2017 do Melhor de São Paulo Turismo, reforçam o diagnóstico de que há ainda espaço importante a ser explorado por marcas do setor no imaginário do consumidor. A taxa média de entrevistados que não conseguem apontar os melhores players em 50 categorias ultrapassa 30%, um escore elevado considerando-se as características de perfil do universo —paulistanos das classes A/B que viajaram nos últimos 12 meses.
Em alguns itens, a dificuldade em responder ultrapassa o patamar de 70%. São os casos de seguro viagem, casa de câmbio, roaming internacional e empresas de intercâmbio. Também apresentam altos índices de desconhecimento categorias como cruzeiro marítimo, rede de hotéis no exterior e hotéis-fazenda.
Em algumas categorias contudo, a combinação de relevância e comunicação adequada gerou retenção. É uma tendência que se observa especialmente em relação aos aplicativos digitais. As taxas de desconhecimento dos aplicativos de viagem e de busca de hotéis, por exemplo, caíram, no último ano, 11 e sete pontos percentuais, respectivamente. As marcas líderes desses mercados cresceram seis pontos percentuais cada, no mesmo espaço de tempo.
Uma hipótese de explicação para os baixos índices de lembrança de alguns serviços relacionados a viagens ao exterior pode encontrar-se na queda do número de paulistanos que foram para outros países nos últimos 12 meses. No levantamento de 2016, 46% dos entrevistados revelavam a experiência no período correspondente. Agora, são apenas 32%.
Sobre os destinos, dentre as categorias que possibilitam comparação com estudo anterior, as variações, na grande maioria dos casos, ficaram dentro da margem de erro. A cidade do Rio de Janeiro ocupa posição de destaque como polo nacional e lidera em pelo menos quatro itens —destino de Carnaval, Réveillon, para solteiros e melhor cidade no Brasil. Quando a pergunta se refere ao melhor Estado do país para se viajar, menções à Bahia cresceram mais do que lembranças do Rio. No exterior, Estados Unidos tem maior apelo junto aos paulistanos.
Interessante será acompanhar a evolução dessas respostas nas próximas tomadas do "Viaja sãopaulo", quando efeitos da crise nos Estados brasileiros e das novas restrições norte-americanas às viagens ao país, já terão sido absorvidas de maneira mais expressiva pelos consumidores do setor.
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A PESQUISA
1.646 moradores da capital paulista, das classes A e B, que viajaram nos últimos 12 meses para outros Estados e para fora do Brasil, o Datafolha entrevistou entre 16 e 26 de junho deste ano.
3 pontos percentuais, para mais ou para menos, é a margem de erro, considerando um nível de confiança de 95% (ou seja, se fossem realizados cem levantamentos com a mesma metodologia, em 95% os resultados estariam dentro da margem prevista).
Desempate
Houve a utilização de um teste estatístico que considera a margem de erro de cada percentual em relação à mostra
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