Campinas vai sediar espaço de convenções para 9 mil pessoas

A menos de 100 quilômetros de São Paulo, local ainda não abriu, mas já tem 28 eventos agendados

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São Paulo
Construção vista de cima
Projeção de como vai ficar o centro de convenções Royal Palm Hall, em Campinas (SP) - Divulgação

Campinas ganhará em 2018 um complexo com centro de convenções de 44 mil metros quadrados e capacidade para 9.000 pessoas, o Royal Palm Hall, e três hotéis, que somados têm mil apartamentos disponíveis, restaurantes e lojas.

"Os centros no Brasil são grandes estruturas, mas não têm serviços de hotelaria e agregados disponíveis", diz Sandra Neumann, 57, diretora-geral do empreendimento.

Para ela, uma vantagem do organizador que optar pelo centro será poder contratar só uma empresa, o grupo Royal Palm Hotels & Resorts, para realizar o evento inteiro.

"Geralmente é necessário contratar alimentação, limpeza, segurança e outros serviços para adequar o evento ao que precisa", diz Sandra. "Aqui precisará apenas de um interlocutor para contratar tudo", completa.

Já há 28 eventos fechados para o Royal Palm Hall antes mesmo de sua inauguração. Cerca de 50 outros estão em processo de negociação.

INTERIORIZAÇÃO

Localizado na intersecção entre as rodovias Anhanguera e Santos Dumont, o complexo não ficará longe de São Paulo: estará a menos de 100 km do centro da capital

Ao mesmo tempo, porém, longe o suficiente para fugir de problemas inerentes à metrópole, como o trânsito e os preços altos. A localização estratégica foi um dos motivos pelos quais a Royal Palm resolveu investir em Campinas.

"Tanto São Paulo quanto Rio são centros urbanos já bastante congestionados, com muita dificuldade de deslocamento", diz Sandra.

A diretora também conta que os eventos ficam mais caros se feitos em uma dessas cidades, já que o custo médio de diárias nelas é mais alto.

A empresa investiu R$ 250 milhões na construção do centro, que começou em 2015. O valor dobra para o complexo como um todo.

Como contrapartida, investiu R$ 28 milhões para melhorar a infraestrutura da região, em benfeitorias como a construção de um viaduto sobre a Anhanguera, melhorias na sinalização das estradas, nos semáforos e nas tubulações de água e esgoto.

A previsão é que o empreendimento gere cerca de 1.500 empregos diretos para a região de Campinas.

Para Edmilson Romão, presidente da Abav-SP (Associação Brasileira dos Agentes de Viagem), quase todo o interior paulista tem potencial para atrair turismo de negócios.

"Várias regiões dão isenção fiscal para indústrias. Há boa infraestrutura e mão de obra a custo menor que na capital. Isso gera demanda por viagens a trabalho", diz.

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