Descrição de chapéu Web 3.0 e Metaverso tecnologia

Evento no metaverso tem NFTs, exposições e desfiles em passarelas imersivas

Desde 2020, Brazil Immersive Fashion Week leva o público ao metaverso

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São Paulo

Desfiles de roupas físicas e virtuais, exposições de obras de arte e de NFTs (sigla em inglês para tokens não fungíveis) e debates sobre como novas ferramentas digitais vão impactar o mundo da moda e da cultura.

Essa é a proposta da BRIFW (Brazil Immersive Fashion Week), evento que reúne moda e tecnologia —e que já levou o público a ambientes como um deserto, com ajuda de metaversos imersivos.

Nas duas primeiras edições, realizadas em 2020 e 2021, a semana reuniu cerca de 40 artistas digitais e 50 palestrantes e apresentou mais de 25 desfiles de oito países da América Latina (Brasil, Argentina, Equador, Bolívia, Peru, Uruguai, Chile e Venezuela).

Três manequins estão lado a lado e desfilam em passarela do metaverso; os manequins do canto usam agasalhos em tons de preto e amarelo; o do meio usa um vestido preto com detalhes em amarelo
Desfile apresentados ao público em um dos metaversos da edição de 2021 do Brazil Immersive Fashion Week (BRIFW) - Docena 12_na/BRIFW/Divulgação

Olivia Merquior, cofundadora e diretora-executiva da BRIFW, já trabalhava desde 2015 com "smart fabrics" —tecidos que são capazes de se conectar com aparelhos eletrônicos e com biometria corporal por meio de sensores.

Em 2017, a percepção dela de que moda e tecnologia estariam cada vez mais unidas no futuro cresceu quando ela participou do festival de inovação SXSW (South by Southwest), nos Estados Unidos. Lá, viu de perto o lançamento do projeto Jacquard, do Google, de roupas inteligentes.

"Eu olhava para a jaqueta do Google Jacquard e pensava: os dados estão saindo do que vestimos, da coisa que está mais próxima dos nossos batimentos cardíacos", disse Merquior na última terça-feira (5), durante o segundo dia do seminário Web 3.0 e Metaverso, promovido pela Folha e pelo Itaú Cultural.


Assista ao segundo dia do debate:


O painel foi mediado por Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural, e contou com a apresentadora e jornalista Cris Guterres como mestre de cerimônia no metaverso.

"Falamos sobre identidade, sobre quem queremos ser e sobre como nos vemos nesse mundo social. Como profissionais de moda, vamos ter que construir possibilidades de representações com novas canetas no estojo", afirma. "Não vejo a tecnologia como algo apartado do que fazemos há muito tempo, que é construir mensagens e sentido para o dia a dia."

Para Merquior, o metaverso não começa com as plataformas de imersão. Ela exemplifica que, ao entrar em redes sociais, os usuários já têm experiências de criação de avatares e interações virtuais, que são os passos iniciais em um metaverso. Assim, de certa forma, todos que têm perfis já estão inseridos nesse ambiente.

"O metaverso é um ecossistema de tecnologias que faz com que a nossa relação entre virtual e físico não tenha mais barreiras, gerando realidades híbridas", afirma.

A terceira edição da BRIFW começa no dia 10 de novembro com a festa Meta-Carpet, em São Paulo, na qual os participantes poderão experimentar looks digitais. Já entre os dias 16 e 19 de novembro, o evento terá debates, exposições e desfiles no mundo físico, na Vila Leopoldina, e em metaversos, além de transmissão em redes sociais e sites parceiros.

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