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Serafina

Zeca Camargo é o colunista convidado em estreia de nova seção

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Flores são as novas listras. Estou falando com você, sim, que se permite de vez em quando a ousadia de usar cores enfileiradas uma depois da outra –às vezes até mais de duas, combinadas no mesmo padrão, mas com larguras diferentes.

Pelo que os principais estilistas apresentaram nas últimas semanas de moda, nas suas coleções masculinas de verão do ano que vem –estamos falando de meados de 2014–, a ordem é deixar as cores e as linhas ainda mais soltas. Se elas formarem flores, então, melhor ainda.

Afinal, quando até a alemã "minimalíssima" Jil Sander consegue mesclar desenhos nos seus cortes impecavelmente secos e precisos, é sinal de que alguma mudança está no ar. Nem que seja só por uma estação.

Você que já foi tão longe a ponto de usar xadrez e, eventualmente, até cometeu a extravagância de botar no peito um brasão com referências hípicas (ou de uma universidade americana –que louco!) merece aventurar-se um pouco mais.

Não precisa ser na figura de um robô ultrachique, como o italiano Riccardo Tisci fez com sua coleção para a Givenchy –a mais bem– sucedida de todas as excentricidades da temporada. Para criar sua versão de homem cibernético, ele investiu não só no grafismo dos computadores e seus circuitos mas também nas formas e cortes, oferecendo brilhantes ilusões de ótica.

Isso talvez fosse ir longe demais –ainda que acertando na tendência. Mas você pode apostar nas combinações florais de tons mais escuros do belga Dries Van Noten –que, depois de alguns exageros no passado recente, aprendeu uma ou duas lições de como combinar audácia e elegância.

É dele talvez a coleção mais coerente e bonita, superando até mesmo o que a italiana Miuccia Prada mostrou agora na passarela. A estilista também veio com flores –e a elas misturou algumas paisagens e até mesmo um pôr do sol. Sobrepondo a isso cores fortes (jaquetas exuberantes), ela testa mais uma vez os limites do gosto.

Mas, ei! Você já não foi bravo o suficiente para usar aquelas camisas cujo punho combina com o interior da gola? E em que os botões parecem se multiplicar na frente, em pares ou até em combinações aleatórias? Então... Arrisque-se.

Os mais tímidos serão capazes de emprestar uma ou outra ideia das últimas criações do americano Marc Jacobs –que, além das flores (mais discretas), pegou um punhado de grafismos levemente inspirados nos anos 1950 e misturou tudo num visual moderno.

Os moderados podem investir na grife italiana Etro –que nessa estação veio surpreendentemente moderada nas estampas (o que não significa menos inspirada, numa vertente nitidamente mexicana).

Os mais atirados contam sempre com Rei Kawakubo –ainda que a grande petulância que ela trouxe desta vez para a Comme des Garçons não tenha sido exatamente nas estampas, que sempre vêm fortes nos seus desfiles, mas nas costuras dos tecidos que ela junta para formar cada artigo de roupa (não tente entender o que acontece naquelas mangas e pernas de calça esgrouvinhadas –como brincava Louis Armstrong, "se você precisa perguntar o que é jazz...").

Tem para todo mundo que quer fugir do convencional, mas não sabe que existem muitas possibilidades além de uma polo tom pastel usada com uma bermuda cargo de bolsos num tecido combinando com a peça principal...

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