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Serafina

Aos 24 anos, filho de Ricardo Darín é aposta do cinema argentino

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Chino não responde quando alguém o chama de Ricardo. Pensa que é com outra pessoa. E não é desculpa de quem quer negar suas origens ou esconder seu parentesco famoso. É que há 20 anos Ricardo Mario Darín virou Chino (chinês, em espanhol).

O apelido foi dado pelo pai, também Ricardo Darín, ator mais famoso da Argentina, quando o filho era pequeno e tinha os olhos rasgadinhos. "Meu avô era Ricardo. Meu pai era chamado de Ricardito. E eu ia ser o que? Ricarditito [risos]? No Brasil, já brincaram que eu seria o Ricardinho", diz ele. "Aí, meu velho começou a me chamar de Chininho, de Chino, e pegou. Ninguém me chama pelo meu nome."

É como Chino Darín que ele aparece nos créditos de novelas e filmes. "Eu cursava a faculdade de cinema, mas larguei no segundo ano. E no mesmo período estudava teatro. Um dia, me falaram de um teste para TV e decidi fazer. Passei e comecei a trabalhar como ator desde então."

Hoje, ele está no ar na novela "Farsantes", um sucesso na TV argentina. No folhetim, vive Fabián, o filho de um advogado que sai do armário com um sócio de seu escritório. No fim do ano, Chino estreia seu segundo filme, "Morte em Buenos Aires" (nome provisório), da diretora Natalia Meta.

O sobrenome de peso no meio artístico –seu pai é o protagonista de "O Segredo dos Seus Olhos", filme argentino que levou o Oscar na categoria de melhor longa estrangeiro– tem seus prós e contras, diz.

"O lado bom é que cresci nesse meio de televisão e cinema. O ruim é que sei que algumas pessoas criam expectativas, pensam: 'Deixa eu ver quem é esse moleque filho do Darín'."

Na tarde em que o ator se encontrou com Serafina, chovia muito e o termômetro marcava 7ºC em Buenos Aires. Darín pai então o levou até o local da entrevista para que o filho não se molhasse na caminhada.

Ele mora na casa da família, em Palermo, com o pai e a mãe, a produtora Florencia Bas, e a irmã, Clara, de 20 anos. "Fico mais na casa da minha namorada [a atriz Calu Rivero], mas quero ter um lugar meu."

A relação com o pai, diz, é excelente. E não mudou depois que passaram a ter o mesmo ofício. "Continuamos pai e filho, não recorro a ele como fonte de conselhos", avisa. De vez em quando falam sobre atuar. "Às vezes, um critica o trabalho do outro [risos]."

Mas Chino sabe que sempre haverá algum comentário de que sua carreira ganha alguns empurrõezinhos por causa de seu "velho".

"Quem atira esse tipo de pedra, principalmente na internet, se protege com o anonimato. Mas nunca levei como algo pessoal porque ninguém disse na minha cara."

Caso alguém um dia tome coragem para falar isso, a resposta está pronta. "Olhem o que faço e depois julguem se gostam ou não. O fato de eu continuar nessa carreira vai depender do que fiz, do que venho fazendo e do que vou fazer, não de ser filho de ninguém."

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