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Serafina

Antigo 'garoto da piscina' hoje é um dos maiores sommeliers sul-africanos

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Dessas histórias difíceis de acreditar: em um hotel dentro de uma das principais vinícolas da África do Sul, um funcionário que fazia as vezes de garçom não sabia abrir uma garrafa de vinho.

Diante do pedido de um hóspede para que lhe servisse a bebida, o "garoto da piscina" Luvo Ntezo não hesitou em dizer que não sabia e lhe pediu ajuda.

Divulgação
Crédito: Divulgação Legenda: O sommelier sulafricano Luvo Ntezo
O sommelier sul-africano Luvo Ntezo, 32

Morador à época de Khayelitsha, a maior favela da Cidade do Cabo, Luvo, então com 19 anos, nunca havia provado a bebida. No dia seguinte, procurou o chefe: "Dizem que você faz vinho dessas uvas. Pode me mostrar como?" Começava ali um treinamento informal, em que aprenderia tudo sobre vinho. Quando o verão acabou e a piscina ficou sem movimento, Luvo perdeu o emprego.

Não demorou para que conseguisse outro, como lavador de copos em um hotel. Em uma semana na função, se viu participando como observador de uma degustação de vinhos para funcionários. Enquanto polia as taças, escutava as impressões. "Gostoso", dizia um. "Frutado", afirmava outro. "E eu lembrava do meu treinamento, em que era proibido falar esse tipo de generalidade."

Com os copos sendo girados no ar, Luvo notou que a cor do vinho branco estava amarronzada. E observou em voz alta: "Esse vinho está oxidado e com o fungo TCA em sua rolha". O subgerente do hotel gostou do que ouviu e fez uma nova proposta de trabalho: ser um dos sommeliers do local.

Aceitou o convite com a condição de que mantivessem seu salário de lavador de copos e, com a diferença, pagassem uma formação na Academia de Vinhos do Cabo. Treze anos depois, o "garoto da piscina" é hoje um dos maiores especialistas em vinhos da África do Sul, eleito o melhor jovem sommelier do país e quarto lugar em um concurso mundial. Atualmente, trabalha como sommelier-chefe do hotel de luxo One & Only.

"Durante os anos de apartheid, a indústria de vinho esteve nas mãos de produtores brancos. Com a democracia, a partir de 1994, ela foi forçada a se adaptar", conta Luvo, enquanto toma um suco de cranberry.

Outra dessas histórias difíceis de acreditar: Luvo Ntezo, 32, um dos principais sommeliers da África do Sul, não bebe. "Apesar de o vinho ser a minha paixão, é também o meu trabalho e eu faço degustações todos os dias. Quando chego em casa, só quero relaxar."

A repórter viajou a convite do hotel One&Only Cape Town e da South African Airlines.

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