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Serafina

Designer francesa moderniza cristais Swarovski e vende milhões de peças

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Quando criança, Nathalie Colin adorava desenhar colares, pulseiras, anéis e brincos sobre as fotografias de mulheres estampadas nos catálogos de moda de sua avó materna. Indícios de uma habilidade que levou a francesa a ser convidada, dez anos atrás, pelo grupo austríaco Swarovski para criar e modernizar as suas coleções, vendidas em 170 países.

Em seu espaçoso escritório na rua Saint-Honoré, em Paris, Nathalie comanda 50 designers de diferentes nacionalidades, responsáveis por conceber 600 peças por ano.

Idriss Moujane
À frente da criação da Swarovski, a designer francesa Nathalie Colin encarou o desafio de modernizar a centenária marca
À frente da criação da Swarovski, a designer francesa Nathalie Colin encarou o desafio de modernizar a centenária marca

"Quando assumi, minha missão, e também grande dificuldade, era buscar uma linha de estilo dentro das coleções, antes feitas por grupos de profissionais muito diferentes. Não existia direção artística", relembra Nathalie. O desafio seguinte foi rejuvenescer a grife fundada em 1895, tornando-a versátil e colorida.

Dez anos depois, o resultado dessa virada pop são fenômenos como a pulseira Stardust, com mais de 2,5 milhões de exemplares vendidos. A fabricação é meticulosa e planejada e Nathalie acompanha cada etapa. Ela tem de agradar a mulheres do mundo inteiro.

Com essa intenção, vale tudo. Mercados como a Ásia, o Oriente Médio e os Estados Unidos recebem séries exclusivas. "As chinesas e as indianas gostam de bijoux com pedras grandes, enquanto as japonesas preferem as pequenas e delicadas", descreve. "As brasileiras encantam-se com cores, ouro metalizado e modelos da estação."

Nathalie descreve com tranquilidade essa complexa rede de produção. "Me divirto", diz, sorrindo. Aos 49 anos, ela já se acostumou a trabalhar com importantes grifes e estilistas.

O primeiro deles ocorreu nos Estados Unidos, nos ateliês de Marc Jacobs, com quem aprendeu a conceber uma coleção do início ao fim. "Marc é leve e flexível. Nas reuniões, explicava suas ideias com paciência e ouvia os que discordavam dele. Nunca havia conflitos."

De volta à França, Nathalie atuou por dez anos como consultora da "agência de tendências" Promostyl, e atendeu clientes como Nike e Disney, até abrir sua própria empresa, a Cultural Sushi, expandindo suas influências à Ásia.

"Ajudava criadores asiáticos a se instalarem na Europa, e aconselhava os europeus interessados no continente", explica. "Também fiz uma coleção para uma marca chinesa. Foi fascinante."

Quando chegou à Swarovski, sua primeira ação foi montar um escritório de tendências. "São seis pessoas que analisam como a moda traduz o espírito de seu tempo", explica Nathalie. "Essa vocação pode vir da arte contemporânea, do estilo de vida, de uma invenção"

A temporada outono/inverno da marca, que chega ao Brasil em agosto, será revelada à imprensa durante a Paris Fashion Week. Inspirada em constelações, estrelas e planetas, chama-se "Crystal Galaxy". A foto que ilustra esta reportagem, tirada em seu escritório em Paris, mostra Nathalie usando um colar da nova coleção. "Ela tem uma variação de pedras coloridas capazes de insuflar um pouco de leveza nos momentos difíceis", diz.

Sua intuição, por ora, prefere levá-la a imaginar um futuro "inovador e positivo". "Estudamos como usar os cristais para criar joias conectadas", afirma. São peças que poderão, por exemplo, calcular o gasto de calorias, como os modernos smartphones e relógios.

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