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Serafina

Marido de Natalie Portman, Benjamin Millepied moderniza o balé clássico

Divulgação
Benjamin Millepied
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"É hora de redefinir o que uma instituição de dança significa nos dias de hoje", diz Benjamin Millepied à Serafina. Depois de passar 20 anos nos Estados Unidos, o bailarino e coreógrafo voltou à França em 2014 para dirigir o Balé da Ópera de Paris, a companhia nacional de balé mais antiga do mundo.

Chegou à cidade determinado a instilar uma nova energia na instituição. O documentário "Reset", previsto para estrear em primeiro de junho nos cinemas, acompanha os 39 dias que antecedem a estreia de um balé original do coreógrafo na companhia parisiense, de 2015, chamado "Clear, Loud, Bright, Forward".

Millepied foi bailarino principal do New York City Ballet por 10 anos, coreografou os passos (e até apareceu em cena) do filme "Cisne Negro" (2010) - quando conheceu a atriz Natalie Portman, hoje sua mulher e mãe de seus dois filhos - e vem se reinventando como embaixador da dança clássica. Como coreógrafo, colaborou com gente como os músicos Philip Glass e James Blake, o artista plástico Mark Bradford e a estilista Iris van Herpen.

Na França, começou as mudanças pelos pisos das salas de ensaio, que eram de madeira antiga e foram trocados pelo tecnológico linóleo. Reforçou a presença online da companhia, criando perfis em redes sociais e uma plataforma de vídeos, a 3ème Scene, em que artistas convidados, como Alex Prager, comandavam curtas exclusivos estrelados pelos bailarinos. E escalou pela primeira vez nos 348 anos da história da companhia uma mestiça para protagonizar um balé clássico de repertório.

"As grandes companhias ainda são geridas da mesma maneira que o eram há décadas. Isso não faz sentido. É preciso repensar como levamos dança para as pessoas. Quero uma companhia com origens e cores diferentes no palco. Como a gente vai mudar o público do balé se ele não se identifica com os bailarinos?", diz ele. A tentativa de modernização da companhia francesa foi mais difícil do que imaginava, e no ano passado, 4 meses depois da estreia do espetáculo retratado no documentário, Millepied renunciou ao cargo.

"Tentei ser criativo e aplicar minha visão e ideias do que uma companhia daquele porte deveria ser, mas tive muita dificuldade. Havia muita burocracia lá. Espero ter deixado minha marca, mas eu não era o homem certo para o trabalho".

Nascido em Bordeaux, Benjamin viveu parte da sua infância em Dakar, capital do Senegal, na África e passou grande parte da vida adulta como um estrangeiro nos EUA. E foi para lá que o dançarino francês voltou. Levou seus planos a Los Angeles, onde vive agora com a família, dedicando-se à L.A. Dance Project, companhia que fundou com Charles Fabius, em 2012.

Lá, seu projeto se torna cada vez mais ambicioso, com previsão de 40 performances anuais, além de um balé inédito concebido exclusivamente para transmissão online, via Periscope, a ser apresentado no final de maio, na fundação do artista Donald Judd, em Marfa.

"Gosto da energia criativa colaborativa que existe em L.A. e, embora haja muito talento, não há um histórico de dança ou uma companhia de sucesso aqui. Há espaço e também o desafio para estabelecer uma", diz Millepied.

VEJA MAIS

Trailer do documentário "Reset", de Thierry Demaizière e Alban Teurlai.

Trailer do documentário "Reset", de Thierry Demaizière e Alban Teurlai.

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