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Serafina

SPA cinco estrelas em Campos do Jordão vende casas por R$ 1,5 milhão

Tuca Reinés/Divulgação
Restaurante Mina, no hotel Botanique, em Campos do Jordão (SP).
Salão do restaurante Mina, com janelas que escancaram a vista para a serra da Mantiqueira
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"Eu vim pra serra para fazer uma experiência de expansão de consciência", diz o ex-dentista Olegário Camargo. Fez, nos 30 anos que está em Campos do Jordão, mas também fez negócios. Olegário plantou bananeiras e pés de café com ajuda de dois bois no arado e hoje vive de vender para a elite brasileira.

É ali, do lado da sua chácara, que está o Botanique, um hotel de luxo que agora se desdobra em um condomínio com casas a partir de R$ 1 milhão. Olegário é um dos produtores mais famosos da região do triângulo das serras –o apelido nasceu porque as terras ficam no encontro triplo de Campos do Jordão, São Bento do Sapucaí e Santo Antonio do Pinhal.

A bananada e o pó de café que esse homem de cabelos compridos e olhos azuis produz na Chácara São Geraldo com ajuda de outros sete parceiros são considerados produto premium.

Uma saca de café médio custa R$ 500. O café local sai, por baixo, por R$ 3.500 a saca. Na hora da colheita, uma única pessoa entra na quadra. Só se pode encostar nas plantas uma vez a cada duas semanas, para que elas não se machuquem. Depois da jornada de cinco horas de trabalho, há prática de ioga em meio às plantas.

Não existe pegada de carbono nessa chácara: os produtos são entregues a pé no hotel de luxo, quilômetros distante do conturbado centro de Campos de Jordão.

Parada filosófica

"A região mudou muito. Mudou e ganhou consciência da natureza", diz o artesão Eduardo Miguel Pardo, de Santo Antonio do Pinhal, que usa hashis, pranchas de skate e pedaços de plástico para compor suas obras de madeira ecologicamente corretas, já expostas no Salão de Milão. Alguns dos herdeiros do Itaú são, mais do que clientes, amigos.

"As pessoas estão vendo cada vez mais que pensar no todo vale mais do que dinheiro", diz o artesão.

Outro ponto turístico da região é o Sítio Estrelas, em São Bento do Sapucaí. Tocado por uma família, tem produção orgânica de hortaliças, amoras, grão de bico, amendoim e ervilha. Quem a visita pode colher sua própria comida e pagar pelo que é arrancado da terra, o que ali ganhou a terminologia cosmopolita "sistema pick and pay".

"A nossa parada é muito filosófica", diz Olegário, cujo maior cliente é o Botanique. O hotel privilegia comida feita por produtores locais. Foi ali que se disseminou o conceito do pós-luxo -em suma, mais vale comer uma bananada boa que um escargô francês.

E a clientela deve aumentar.

Está se construindo um condomínio de luxo na serra. O Botanique Community será um vilarejo com 42 casas que custam entre um milhão e um milhão e meio de reais. Quem comprar as casas poderá usar as dependências do SPA, se pagar um condomínio de cerca de R$ 3.000 -a diária mais barata do hotel é de R$ 1.700.

Chefiado por Rodrigo Ohtake, filho de Ruy e neto de Tomie, o projeto começa a ser posto em pé em novembro, e deve levar seis meses para ficar pronto, com uso de módulos pré-fabricados. O futuro também é promissor na colheita.

"A produção neste ano deve crescer de quatro sacas (cerca de 200 kg) para oito", diz Olegário. Mercado não deve faltar.

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