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Aula de MBA se moderniza ao buscar soluções para problemas de executivos

Bruno Santos/Folhapress
Elisa Mayor, 33, aluna de MBA Executivo no Insper
Elisa Mayor, 33, aluna de MBA Executivo no Insper

Muito usadas em aulas práticas do curso de medicina, as metodologias ativas de ensino chegam, aos poucos, às escolas de MBA. Segundo esses métodos, o aprendizado é norteado pela resolução de problemas e cases semelhantes aos encontrados na vida profissional.

Entre as metodologias mais conhecidas estão as chamadas TBL (team based-learning), aprendizado em equipe, e PBL (problem based learning), baseada em problemas.

Por meio delas, o professor passa a ser um orientador de projetos, e o aluno é incentivado a buscar soluções e a ser ativo em sala de aula.

Na FGV (Fundação Getulio Vargas), as novas tecnologias e metodologias ativas estão sendo introduzidas aos poucos nos cursos de MBA, com adaptação do material didático, capacitação dos professores e adaptação dos alunos.

"Acreditamos que, em cinco ou dez anos, a tecnologia e a metodologia dos nossos cursos estarão bem diferentes porque nossos alunos já deverão ter tido experiências de ensino e aprendizagem ativas na educação básica e na graduação e vão desejar ter o mesmo no MBA", diz Paulo Lemos, diretor de Educação Executiva da FGV.

Há outras ações na FGV para que os alunos desenvolvam habilidades interpessoais. Em uma delas, atores profissionais são contratados para encenar problemas pessoais durante reuniões com a diretoria. Os alunos, de acordo com Lemos, precisam aprovar um projeto ou vender um produto ou serviço para essa empresa, evitando que tais problemas os prejudiquem.

Leandro José Morilhas, diretor-executivo da Associação Nacional de MBA (Anamba), diz que as relações entre professor e aluno e entre ensino e aprendizagem serão voltadas cada vez mais para a prática.

"O aluno vai ser o sujeito da aprendizagem, até porque quando ele vai para uma escola de negócio, busca a aplicação", diz Morilhas.

Foi justamente a parte mais prática do curso que chamou a atenção da administradora de empresas Elisa Mayor, 33. Ela cursa MBA Executivo no Insper e trabalha em uma consultoria que investiga fraudes, corrupção e ajuda as empresas a implementarem regras de compliance.

"Voltei a estudar porque precisava me atualizar e queria uma visão de negócio um pouco mais geral", diz Elisa.

Com os cases apresentados pelos professores nas disciplinas de tecnologia da informação e gestão de marketing, Elisa conta que consegue um aprendizado mais eficaz. "Para mim é mais dinâmico o professor não falar sobre teoria."

Nos cursos MBA do Insper, os estudos de caso são o pano de fundo para que os conceitos sejam vivenciados de forma prática e aplicada aos problemas do mundo real das organizações, de acordo com a instituição.

A FIA (Fundação Instituto de Administração) também inovou na metodologia. Para Samantha Mazzero, coordenadora acadêmica do International MBA, as técnicas ativas são "as mais indicadas a estrutura e proposta do MBA".

"Os métodos mais aplicados em nossos cursos são o método do caso, simuladores, seminários e jogos. Em todos eles os alunos passam a ter uma carga de preparação prévia maior, que exige mais comprometimento", explica.

Samantha reforça que neste tipo de metodologia os professores deixam o "papel de transmissores de conhecimento que citam exemplos para serem facilitadores, orientadores, questionadores e 'ativadores' da aprendizagem."

Modalidade dos curso de pós-graduação

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