Publicidade

Opinião

Desafios para a gestão e posicionamento de MBA no mercado educacional

A sigla MBA (Master in Business Administration) é sinônimo de crescimento de carreiras para muitas pessoas e ao mesmo tempo uma ilustre desconhecida para outras. O que se percebe no mercado educacional é que há escolas que utilizam a sigla apenas como um forte chamariz para atrair alunos e a banalizam ao apresentar um curso que não traz similaridade ao que é feito nas melhores escolas de negócio do Brasil e do exterior.

Neste artigo, gostaria de propor uma breve reflexão de como cursos de MBA podem se diferenciar, atender às demandas do mercado e preparar os executivos para que desenvolvam importantes competências gerenciais. Assim, elenquei quatro desafios para as escolas de negócio e para os futuros alunos.

Eduardo Knapp/Folhapress

1 - ALTO NÍVEL DE CONCORRÊNCIA - TUDO É MBA:

Foco do curso: é preciso saber em que o curso se destaca. Qual é a proposta de valor? O que a diferencia da concorrência?

Visão estratégica: qual é a missão, visão e valores da escola? Como estes itens se transformam em políticas educacionais e produtos?

Escola de negócio como escola e como negócio: é preciso investir em políticas educacionais e serviços diferenciados. Olhar o futuro, entender o que seus clientes: alunos e mercado desejam, investir em modernos meios e tecnologias de ensino.

Projeto Pedagógico bem estruturado: quais conteúdos devem compor a matriz curricular: base da Pirâmide? Ética e Compliance? Sustentabilidade? Big Data? Outros?

2 - ATENDIMENTO DE VÁRIOS PÚBLICOS: MERCADO, ESCOLAS E ALUNOS

Alinhamento: é preciso trabalhar em um tripé: mercado, escolas e alunos. Olhando as necessidades de cada um deles.

Foco nos alunos: deve-se buscar novas e ativas metodologias de ensino: cases, simuladores, sala de aula invertida. Deve-se também sempre que possível sair da sala de aula, fazer visitas técnicas, viver a prática. Há novas plataformas de ensino digitais com múltiplos estímulos para a aprendizagem. O futuro passa pela Educação a Distância (EaD). Deve-se ensinar os alunos a gerenciarem negócios atuais e futuros. Vale lembrar que parte das empresas que se destacam hoje não existiam há cinco ou dez anos atrás.

3 - MUDANÇAS CONSTANTES NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS

O papel do professor: as escolas de negócios devem contratar professores mestres e doutores e com boa experiência de mercado. Os professores pela vez deles devem olhar o mercado, promover aulas, pesquisas e projetos integrativos e interdisciplinaridade.

4 - LOCAL x GLOBAL

Qual é o caminho? As escolas de negócios devem pensar globalmente e agir localmente. Interagir com outras escolas e com associações de acreditadoras de qualidade como a ANAMBA no Brasil e no exterior.

Há muito que se fazer para que a sigla MBA realmente seja vista com o mesmo valor com que é vista no exterior. Estas reflexões são indicativos de caminhos que se pode adotar. Felizmente poucas, mas boas escolas de negócios já estão adotando-os. Este já é um bom começo.

Leandro José Morilhas é diretor Executivo e de Afiliações da ANAMBA (Associação Nacional de MBA) e coordenador Geral de Pesquisa e Pós-graduação da FIA

morilhas@usp.br

Publicidade
Publicidade
Publicidade