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Saiba como trabalhar com economia criativa

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São Paulo

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Economia criativa no mercado de trabalho

Já falamos muito aqui sobre as habilidades essenciais para qualquer profissão como comunicação, trabalho em equipe, etc. Mas e a criatividade? Ela também pode ser essencial para seu desenvolvimento profissional. Hoje vamos abordar essa tal de economia criativa.

Para explicar o significado deste termo, nada melhor do que ouvir a pessoa que o desenvolveu, né?

→ Em entrevista ao canal UM BRASIL, iniciativa da FecomercioSP, o consultor e autor do livro "Economia Criativa" John Howkins diz que a ideia surgiu nas décadas de 1980 e 1990 e se baseou na conscientização sobre a arte, o design, a mídia e o início da web não serem apenas importantes socialmente e culturalmente, mas também terem uma importância econômica e industrial.

"Se juntarmos a mídia, a cultura e o design o que teremos é um setor muito importante chamado economia criativa", afirma Howkins.

Em outras palavras... essa economia coloca a criatividade como o fator central para criar produtos e serviços.

Três pessoas ajudam a plantar uma lâmpada, como se fosse uma árvore
Catarina Pignato

Ai você pensou: quero trabalhar com isso! Ok, abaixo algumas informações importantes.

A economia criativa criou 855 mil empregos em 2021, segundo dados do Observatório Itaú Cultural, instituição sem fins lucrativos que promove atividades de fomento à arte e à cultura. Os segmentos mais aquecidos foram:

  • Gastronomia (42%);
  • Artes cênicas e visuais (40%);
  • Cinema, música, rádio e TV (34%),
  • Design (21%);
  • Funções editoriais (20%).

Esse impulso pode ser explicado com a volta das atividades presenciais e a flexibilização das medidas restritivas, segundo Erica Buganza, gerente de recursos humanos do Itáu Cultural.

Por onde começar?

  • "Às vezes a pessoa já está inserida em atividades culturais desde muito cedo. Então, ela começa a se envolver num grupo de teatro na escola e se torna um profissional de artes cênicas", diz Buganza.
  • Ela também indica os cursos online da Escola Itaú Cultural, que podem ajudar o jovem a experimentar e conhecer áreas do seu interesse.
  • A procura por empregos da economia criativa não é diferente da busca por um trabalho fora desse ramo. Você pode encontrar vagas no LinkedIn ou nos sites das próprias empresas que deseja atuar.


Economia criativa é só para quem é criativo? Para Lala Deheinzelin, futurista e especialista em novas economias, é uma competência essencial e pode ser uma aptidão ou uma habilidade: aptidão pra aqueles que já nascem criativos e habilidade pra aqueles que desenvolvem.

Como é trabalhar com profissões ligadas à economia criativa?

Amanda Santos, 23, é formada em publicidade e tem uma especialização em fashion business, e atualmente atua como produtora de conteúdo autônoma. Ela conta que sua área de formação exige muita criatividade.

  • "Às vezes, a pessoa acha que se ela não ganhar um prêmio, ela não é a pessoa mais criativa do mundo. E não é assim, tem coisas pequenas que fazemos que já trazem uma diferença criativa", diz Santos. Para ela, sua criatividade vem de inspirações pessoais e pela prática profissional.
  • Nesse ramo é comum as empresas contratarem mais como pessoa jurídica, ou seja, não assinam a carteira de trabalho e, consequentemente, o profissional não tem direito à férias remuneradas ou o 13º salário.

→ Na seção Dia a dia do profissional do audiovisual , saiba mais sobre como é trabalhar nesse ramo. Dá um scroll.


Melhore seu currículo

Tipo? Curso EAD
Tema? Criatividade
Onde? Sebrae
É pago? Não
Quando? Aulas assíncronas

Tipo? Curso EAD
Tema? Estimulando a criatividade diariamente
Onde? Oferecido pela Universidade do Estado de Nova York
É pago? Você só paga para obter o certificado
Quando? Aulas assíncronas

Tipo? Curso EAD
Tema? 7 Exercícios Para Ser Mais Criativo
Onde? Na Prática
É pago? Não
Quando? Aulas assíncronas


Dia a dia do profissional do audiovisual

Eduardo Boone - news carreiras
Eduardo Boone, 34, diretor, videomaker e diretor de imagem, além disso é mestrando em gestão da economia criativa - Arquivo pessoal

"Quando falo para as pessoas ou com amigos fora do campo de trabalho sobre minha profissão, uma parte fica admirada mas não entende muito bem o que é, mesmo consumindo quase diariamente algum produto feito por algum profissional dessa área. Outra parte as vezes imagina algumas câmeras, luzes, alguém que tira fotos bonitas, faz belas imagens ou até mesmo alguém que apertar algum dos vários botões dos equipamentos.

Embora a tecnologia hoje em dia até possa proporcionar isso em alguns equipamentos, somente apertar botões está longe de ser a minha função no audiovisual. Atualmente desempenho a função de diretor, videomaker e diretor de imagem, mesclando essas funções o setor do audiovisual na empresa que trabalho e na produtora que tenho, sendo assim normalmente se não estou dentro de um estúdio de gravação ou ilha de edição estarei em algum set de filmagem.

Considero a criatividade e conhecimento quesitos obrigatórios para a minha área, em especial a criatividade, que tenho que usar sempre porque dependendo do assunto a ser filmado ou o contexto a ser abordado, um enquadramento de imagem ou ângulo escolhido com precisão, pode fazer toda a diferença.
Ter conhecimento sobre todas as funções dos equipamentos usados e dos recursos que posso explorar neles é necessário, mas também o lado artístico deve estar presente. É como se fosse uma união, quando o técnico e o artístico estão alinhados, o trabalho fica bonito.

A formação acadêmica não é exigida para atuar na área do audiovisual. Posso dizer que, no meu caso, a faculdade serviu como uma boa base. Foi lá que peguei muitas referências que uso até hoje no meu campo de trabalho.

Assistir muitos filmes, produções audiovisuais produzidas em outros estados ou países é de total importância porque nelas posso me basear ou me inspirar em algum trabalho que estou fazendo ou me lembrar que tal situação que estou vivendo foi resolvida da seguinte forma em uma produção que assisti."


Não fique sem saber

A pandemia acabou? Não, explicamos por que:

Ouça no podcast Café da Manhã o que os cientistas estão descobrindo sobre os super-resistentes à Covid.

CPI do sertanejo, que moda é essa? Tudo começou em um show na cidade de Sorriso (MT), em que o cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, disse que não precisava da Lei Rouanet, ou seja, de dinheiro público, e ainda criticou a tatuagem no ânus da cantora Anitta. O assunto viralizou nas redes sociais e os internautas questionaram os cachês milionários que as prefeituras pagam para artistas sertanejos, mostrando que eles usam dinheiro público, mesmo que não seja via Rouanet.

  • Mas, afinal, o que é a Lei Rouanet e qual sua relação com a CPI? É a Lei de Incentivo à Cultura que autoriza o uso de financiamento privado para iniciativas culturais. Empresas ou pessoas físicas podem patrocionar ou doar um valor e, em troca, abatem esse dinheiro no Imposto de Renda. Assim, os recursos obtidos serão captados por meio da renúncia fiscal. Portanto, também é dinheiro público.
  • E como começou a investigação? A discussão na internet ganhou tanta proporção que os próprios internautas instituiram a CPI dos sertanejos, o que entrou na mira do Ministério Público que começou a apurar irregularidades de cachês milionários na contratação de cantores, principalmente dos sertanejos. Alguns contratos ultrapassam R$ 1 milhão e, até agora, 29 cidades estão sendo investigadas, como São Luiz (RR), Teolândia (BA), Mossoró (RN), Magé (RJ), entre outras.
  • O que está sendo considerado ilegal? Exemplo: Gusttavo Lima foi contratado para fazer um show em Magé, a cem quilômetros do Rio de Janeiro, por R$ 1 milhão. O que chamou a atenção foi que o cachê é dez vezes maior que o valor que a prefeitura da cidade deve investir em atividades artísticas e culturais durante o ano todo.
  • Opinião: em seu editorial, a Folha escreve que esse episódio "colocou sob holofotes uma realidade já conhecida: prefeituras pelo Brasil afora contratam shows com seus recursos orçamentários".

Entenda a 'CPI do sertanejo' com Gusttavo Lima gerada pelo 'tororó' de Anitta aqui.

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