Saiba como montar seu primeiro currículo

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São Paulo

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Como montar seu primeiro currículo

Preciso colocar foto no currículo? Será que pega bem deixar ele colorido? Incluir muita informação mostra que tenho experiência?

Essas são algumas perguntas que você pode ter pensado ao montar seu primeiro currículo. A solução? Ouvimos especialistas para dar dicas assertivas sobre como criar esse documento.

Ilustração mostra o espaço sideral. Há um celular gigante, nele uma mulher negra, de blusa rosa, calça jeans e tênis verde encaixa diversos cubos brilhantes com texto, dentro do celular.
Carolina Daffara

Antes de tudo...no começo precisa estar em destaque seu nome completo, cidade onde vive e formas de contato como email e telefone. Você pode inserir um link direcionando para seu perfil no LinkedIn ou para seu portfólio (coleção de todos os seus trabalhos em andamento ou já realizados).

Em seguida, faça uma introdução de um paragráfo de três a cinco linhas descrevendo seu perfil, quais são suas experiências e competências que considerar relevante para a vaga que for se candidatar.

Pode ser sucinto, as informações serão necessárias para o recrutador bater o olho e saber quem você é, diz Maria Eduarda Silveira, especialista em recrutamento e seleção e fundadora da Bold HR, consultoria de recursos humanos.

No campo de formação acadêmia e qualificações, coloque o nome da escola ou faculdade que cursou, a data de início e conclusão. Você também pode destacar quais disciplinas foram relevantes para seu desenvolvimento profissional.

Liste habilidades e competências que podem ser tantos técnicas (nível de conhecimento em determinada ferramenta, por exemplo, Excel avançado) como comportamentais (atitudes do profissional que são importantes no ambiente de trabalho, como capacidade de liderança, boa comunicação, sabe trabalhar em equipe, entre outras).

↪ Pode colocar algumas informações complementares como idiomas, cursos, certificações, hobbies e interesses, diz Mariana d'Avila, analista sênior de recrutamento e seleção no Hurb, agência de viagens online.

No histórico profissional, mencione quais empresas já trabalhou, qual foi seu período nessa companhia e descreva quais foram suas responsabilidades no cargo.

Ainda não tem experiência no mercado de trabalho? Atividades extracurriculares também contam como experiência, elas são importante para avaliar como o candidato se posiciona e o que vem construindo do ponto de vista de carreira, diz Silveira.

↪ Participações em feiras, em empresas júniores e realização de trabalhos vonluntários são alguns exemplos.

Atenção:

  • Cuidado com erros de português e de digitação;
  • Menos é mais, uma página com todas as informações acima e postas de maneira organizada é o ideal;
  • Seu currículo conta uma história, coloque suas experiências e formações na ordem da mais recente para a mais antiga;
  • Evite colocar imagens ou muitas cores;
  • Não inclua dados pessoais como RG ou CPF;
  • O endereço não precisa ser completo, apenas o bairro, cidade e estado.


Seis dúvidas respondidas sobre CV:

  • Precisa colocar uma foto minha? Não é necessário, coloque apenas se na descrição da vaga for solicitada.
  • Onde posso montar meu currículo? O Word e a plataforma Canva tem modelos gratuitos que podem ser personalizados.
  • Como devo salvar o arquivo? Opte sempre por salvar no formato PDF e nomeie com seu nome completo + o cargo que está se candidatando.
  • Qual a melhor formatação? Prefira as fontes tradicionais como arial ou times new roman, use o tamanho 12 e coloque em negrito os campos de introdução, histórico profissional e acadêmico.
  • Posso colocar os links das minhas redes sociais? O LinkedIn é bem-vindo, principalmente por ser uma rede profissional. Se você usar outra mídia social como o Instagram para a divulgação do seu trabalho ou de algum projeto paralelo também pode ser incluído, diz Amanda Cardoso, coordenadora de aquisição de talentos na Gupy, software de recrutamento e seleção digital.
  • Devo mecionar a pretensão salarial? Só quando a vaga pedir para colocar. Caso isso aconteça, sinalize o quanto gostaria de receber e deixe em aberto que está disposto a conhecer mais sobre a função e os benefícios do cargo. Isso mostra que o candidato está focando em seu desenvolvimento profissional e não somente na remuneração, diz Silveira.

Pergunte ao recrutador

Especialista responde dúvidas sobre processo seletivo e busca por emprego

maria eduarda - news carreiras
Maria Eduarda Silveira, especialista em recrutamento e seleção e fundadora da Bold HR, consultoria de recursos humanos - Divulgação

O que os recrutadores olham em um currículo?

"O currículo é o primeiro contato para o recrutador entender o que o candidato faz, quais as áreas de especialidade dele, quais tipos de experiências tem e quais tipos de problema ele resolve, ou seja, em quais situações ele pode agregar para aquele empregador. Ao olhar um currículo, eles irão buscar uma visão geral do profissional, para que seja possível entender melhor os diferenciais e potencialidades dessa pessoa num segundo momento, que é o da entrevista.

Outro ponto relevante é usar palavras-chave da sua área de atuação, isso pode chamar a atenção dos recrutadores assim que eles baterem olho no seu currículo. Porém, não basta inserir as informações de qualquer jeito, é importante que elas sejam disponibilizadas de forma clara e organizada para facilitar a compreensão da sua trajetória.

Sugiro que os candidatos sempre tenham em mente que o currículo já é um sinalizador do modo como a pessoa organiza suas ideias, por isso é importante preparar com o cuidado que ele merece".


Melhore seu currículo

Dicas de cursos para turbinar seu CV

Tipo? Curso EAD

Tema? Marketing: conceitos e estratégias

Onde? Instituto Federal de Rondônia

É pago? Não

Quando? Aulas assíncronas


Tipo? Curso EAD

Tema? Língua inglesa

Onde? Brasil Mais Digital

É pago? Não

Quando? Aulas assíncronas


Tipo? Curso EAD

Tema? Excel: construindo um dashboard

Onde? Kultivi

É pago? Não

Quando? Aulas assíncronas


Não fique sem saber

→ Entenda a tal PEC (proposta de emenda à Constituição) Kamikaze:

  • O que é? Uma proposta de emenda à Constituição que institui um estado de emergência para permitir que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fure o teto de gastos e abra os cofres públicos a pouco mais de três meses das eleições.
  • Quem aprovou? 72 senadores, inclusive da oposição. A proposta teve apenas 1 voto contrário, do senador José Serra (PSDB-SP).
  • O que a proposta permite? O pagamento de novos benefícios sociais em ano eleitoral, como o auxílio para caminhoneiros. Além disso, tem como objetivo aumentar o valor do benefício do Auxílio Brasil para R$ 600 e zerar a fila de espera desse programa.
  • Quem defende diz que: "quem tem fome tem pressa", afirmou a pré-candidata Simone Tebet. Ela justificou seu voto afirmando que brasileiros e brasileiras precisam do auxílio urgentemente.
  • Quem critica diz que: "Ao permitir que, subitamente, dezenas de bilhões sejam gastos para proporcionar vantagem eleitoral a governos e parlamentares de ocasião, estamos reforçando estímulos a condutas irresponsáveis", afirma José Serra (PSDB-SP)​, o unico a votar contra a proposta.
  • E tem mais...a PEC Kamikaze é inconstitucional e deveria ser barrada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), afirma o advogado Alberto Rollo, especialista em Direito Eleitoral. Além disso, para especialistas em políticas sociais a proposta de aumentar o Auxílio Brasil reforça desenho ineficiente e desigual no país.
  • Inclusive ela leva o nome de Kamikaze por colocar em risco contas públicas, já que tem um custo previsto de R$ 41,25 bilhões aos cofres.
  • Opinião: PEC Kamikaze expõe covardia do Senado, escreve a colunista da Folha Lygia Maria​.

Entenda o que está por trás dessa PEC.

Ouça no podcast Café da Manhã o motivo da proposta ter causado tanta preocupação.

→ Como está a violência no no Brasil? Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram a situação no país. Explicamos os pontos mais importantes aqui:

  • Pessoas negras ainda são a maioria das vítimas. O levantamento mostra que entre as mortes violentas intencionais —categoria que reúne homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes por intervenção policial—, 78% foram de negros e 21,7% de brancos. E não para por aí, a diferença também é grande entre mortes por intervenção policial, 84% dos alvos são negros.
  • Pessoas LGBTQIA+ também sofrem com o aumento da violência. Os registros de estupro cresceram 88,4% entre 2020 e 2021, além disso outros crimes como lesão corporal dolosa (intencional) teve aumento de 35% e notificação de assassinatos de LGBT+ cresceu 7%.
  • Pela primeira vez em oito anos cai a letalidade policial. Em 2021 foi registrado 6.145 pessoas mortas por intervenções de policiais civis e militares da ativa, em serviço ou fora dele, uma queda de 4% em relação ao ano anterior. Uma das quedas mais expressivas foi registrada em São Paulo, onde foi implementado câmeras "grava tudo" acopladas aos uniformes de policiais militares. Inclusive, São Paulo teve a menor média de mortes violentas intencionais (MVI) entre as capitais brasileiras.
  • Isso quer dizer que acabou a violência policial? "A proporção de morter violentas intecionais causadas pela polícia é alta e acima do valor convencionado como limite democrático", explica o pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Dennis Pacheco. Especialistas consideram que há um uso abusivo da força quando mais de 10% das MVI são causadas por policiais.
  • Pessoas com licença para armas de fogo disparam e crescem 473% no governo Bolsonaro. São Paulo foi a região que mais registrou esse aumento com 175 mil registros, seguido pelo Paraná e Santa Catarina (109,9 mil). Além disso, em relação a 2020 houve um crescimento de 39% de armas de fogo particulares. Esses dados são reflexos dos decretos que facilitam acesso a armas e munições propostas pelo presidente.
  • Opinião: Em seu editorial, texto que expressa o que a Folha pensa sobre determinado assunto, o jornal fala sobre a realidade violenta no país: homicídios e letalidade policial mostram clivagens sociais, raciais e regionais.

Leia mais sobre o anuário de segurança pública 2022:

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