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itaim e vila olímpia

Dúplex no Itaim Bibi tem até mil metros quadrados e nove vagas

Dúplex com 1.031 metros quadrados e nove vagas na garagem. Unidades menores, com 554 metros quadrados e "apenas" seis vagas.

Assim é o projeto do St. Leopold, lançamento da construtora São José, no Itaim, um dos poucos lugares na cidade de São Paulo onde ainda não é raro encontrar apartamentos desse porte.

De todas as unidades lançadas nos últimos três anos no bairro, 25% têm mais de 200 metros quadrados, de acordo com dados da VivaReal-Geoimovel. Na vizinha Vila Olímpia, esse índice cai para pouco mais de 6%.
Profissionais do setor apontam que o bairro ainda comporta imóveis dessa magnitude porque há público com capacidade de compra.

"Houve um grande impulso de pequenos imóveis nos últimos anos, o que gerou uma carência no mercado de unidades amplas", diz Guilherme Auriemo, presidente da incorporadora Aurinova.

A empresa tem lançamentos na região, como o Celebration Itaim, que terá unidades com plantas de 271 a 429 metros quadrados e opções de três a cinco suítes e cinco vagas de garagem.

"A localização do Itaim é estratégica, perto de bairros nobres, como o Jardins, e vias de transporte estruturais. As pessoas conseguem fazer muita coisa a pé, há clubes, shoppings e comércio ", afirma o arquiteto Douglas Tolaine, diretor do escritório Perkins+Will e professor no MBA em arquitetura de luxo da Roberto Miranda Educação Corporativa. Para Tolaine, "a vida é mais prática no Itaim do que do outro lado da ponte, no Morumbi".

NO LIMITE

Os terrenos no bairro, no entanto, estão cada vez mais escassos e caros.

A taxa de verticalização do Itaim supera 94%, segundo levantamento da VivaReal-Geoimovel com base em dados do IBGE. No ano passado, o metro quadrado médio dos lançamentos custava
R$ 20,6 mil -a média da zona oeste foi de R$ 11,6 mil.
A construtora Adolpho Lindenberg demorou cinco anos para conseguir agrupar os 2.800 metros quadrados onde está sendo erguido o Lindenberg Itaim. As 24 unidades do edifício terão 287 metros quadrados, exceto a cobertura dúplex, de 521 metros quadrados.

O valor médio está em R$ 26 mil/m², de acordo com Arthur Capela, gerente comercial da construtora.

"O terreno tem participação importante nesse valor. Depois, como no setor automotivo, incluímos comodidades que encarecem o produto. Parecem detalhes, mas são eles que formam um empreendimento de altíssimo padrão", diz Capela.

Os tais detalhes incluem pé-direito de 3,22 metros nos apartamentos, áreas comuns com interiores do arquiteto Dado Castello Branco e paisagismo de Benedito Abbud.

"Não se pensa em 'economizar' no morar desses imóveis. Não falo de desperdício, mas de projetos que contemplam o que há de mais sofisticado em termos de tecnologia, como climatização, sistema de som, iluminação e automação em geral", afirma o arquiteto Eduardo Machado Rodrigues, coordenador da Panamericana Escola de Arte e Design.

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