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santana/casa verde

Boa fama da Vila Guilherme ajuda bairros vizinhos

Com restrições para a construção em sua área central, a Vila Guilherme assiste à expansão do bairro em direção a distritos como a Vila Paiva e a Vila Medeiros.

Na avenida Júlio Buono, oficialmente parte da Vila Gustavo, por exemplo, empreendimentos são lançados com o "selo de qualidade" da Vila Guilherme. Isso porque o bairro já é conhecido por atrair moradores da zona norte em busca da atmosfera residencial da região, mas a preços mais acessíveis.

Enquanto o metro quadrado de um imóvel lançado no vizinho Santana custa, em média, R$ 8.223, na Vila Guilherme o valor cai para R$ 7.380, de acordo com levantamento feito pelo VivaReal/Geoimovel.

"O preço é um ponto forte, mas a área cresceu bastante também porque tem infraestrutura de transporte, como a linha-1 azul do Metrô, e de lazer, com parques e shoppings", diz Belmiro Quintaes, diretor de atendimento da imobiliária Lopes.

A diferença é que a "Grande Vila Guilherme" tem também mais terrenos disponíveis para as construtoras.

A Compacta Engenharia, que sempre atuou na zona norte, principalmente em Santana, voltou-se nos últimos anos para as redondezas, onde já entregou dois empreendimentos.

O Esatto Vila Guilherme (r. do Imperador, 330) oferece imóveis de dois dormitórios (58 ou 61 metros quadrados) e algumas opções maiores, com 92 a 124 metros quadrados. O Buono Vila Guilherme (av. Júlio Buono, 1.849) tem unidades de dois ou três dormitórios, com 60, 62 ou 96 metros quadrados.

"A avenida Júlio Buono é um importante ponto de ligação da área, além de já ter comércio e serviços implantados", diz Mariana Gomes, arquiteta da Compacta.

No número 736 da mesma avenida, a Mitre Realty construiu o Ritmo Vila Guilherme, com unidades que variam de 60 a 134 metros quadrados.

"O centro da Vila Guilherme tem ruas muito pequenas e é pouco verticalizado, além das restrições de zoneamento. Na avenida, encontramos o terreno de que precisávamos, e o acesso ao centro da vila continua muito fácil", diz Fabricio Mitre, presidente da empresa.

Para Mitre, a área ainda é carente de lançamentos e há demanda. "O morador da zona norte é muito bairrista, não quer sair da região."

O advogado Fernando Ferreira Moreno, 37, e a administradora Cintia Ventura Piffi, 35, cresceram na zona norte. Quando se casaram, queriam continuar por lá. Em 2013, compraram um imóvel de dois quartos e 63 metros quadrados no Ritmo, para onde se mudaram em fevereiro.

"Aqui é bem diferente do coração da Vila Guilherme, cheio de casas e ruas pacatas, mas, apesar do movimento da avenida, o entorno também é caracterizado pela tranquilidade", diz Moreno.

Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, diz que o uso do nome Vila Guilherme em novos empreendimentos é uma estratégia de marketing das construtoras.

"É um fenômeno comum do mercado imobiliário para atrair as pessoas pelo que é considerado que tem mais apelo. Vila Guilherme, por exemplo, soa melhor do que Vila Medeiros", afirma.

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