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Luzes de LED e sistemas de automação estão em alta nos projetos para jardim

Luzes de LED esistemas de automação estão em alta nos projetos de iluminação de áreas externas tanto pela maior vida útil quanto pela economia de energia.

O LED chega a ser três vezes mais eficiente e pode durar até 63 mil horas a mais do que a lâmpada fluorescente, explica Mariana Weiss, pesquisadora da FGV Energia.

Rita Buoro, professora de arquitetura da Escola da Cidade, diz que é preciso ter cuidado para comprar o produto com fabricantes confiáveis e escolher modelos com a temperatura de cor certa.

"Houve uma invasão do LED. As pessoas têm comprado sem saber como pode ser usado em casa", diz. "Se a cor da lâmpada for muito fria, pode ser preciso acrescentar muitos pontos de luz para chegar ao nível de luminância desejado, e a economia não será grande."

Segundo ela, a fibra ótica é uma tecnologia com potencial. "É flexível, tem muitas possibilidades de aplicação, mas ainda é pouco usada."

Sistemas de automação para áreas externas também são tendência, como os sensores de luminosidade, que detectam a escuridão e ativam as lâmpadas, e os dimerizadores, que permitem o controle da intensidade da luz.

Luminárias que funcionam à base de energia solar, por meio de placas fotovoltaicas acopladas a elas, precisam melhorar para valer a pena, segundo Eliana Azevedo, presidente da Associação Nacional de Paisagismo: "A luz é fraca. Em outros países, há produtos mais tecnológicos."

CLARO E ESCURO

Planejar a iluminação de um jardim ou de uma varanda requer equilíbrio. Para valorizar o projeto de paisagismo, a orientação é escolher bem os pontos de destaque e os tons de luz e usar os sistemas de automação para criar diferentes cenários.

"Deve-se eleger as plantas que serão iluminadas e deixar o resto do espaço com uma luz mais homogênea para evitar que haja um contraste forte entre claridade e sombra", diz Alessandra Friedman, designer industrial e diretora da La Lampe, empresa de iluminação.

As lâmpadas permitem que novos cenários sejam criados, diferentes daqueles vistos sob a luz do dia, afirma Altimar Cypriano, professor de design de luz do Centro Universitário Belas Artes.

Cada planta exigirá um tipo de iluminação. Quanto maior o porte, maior deve ser a luminosidade sobre ela, explica a arquiteta Neide Senzi. Árvores frondosas devem ser iluminadas com fachos mais abertos, e as mais finas e altas, com focos mais fechados.

Para deixar os tons verdes mais vibrantes, a recomendação é usar lâmpadas de cores frias, como as de LED. Já tons quentes podem ser usados para dar sensação de aconchego no ambiente.

Para quem se preocupa com o excesso de luz sobre as plantas, a professora de paisagismo do Senac Roselaine Sekiya explica que a iluminação artificial não afeta o ciclo de vida delas, mas é preciso afastar as lâmpadas das folhas para não queimá-las.

O maior cuidado a ser tomado é evitar que o jardim fique muito claro, com aspecto de campo de futebol, ou muito escuro. "Se os moradores não acendem as luzes, ou sempre levam velas para a varanda, é sinal de que a luz não está boa", afirma Friedman.

Direcionar spots e lâmpadas para o lugar certo, sem ofuscar quem passa, e escolher luminárias de materiais resistentes (aço inox ou vidro, por exemplo) e bem vedados são outras precauções.

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