Entre 4.997 moradores paulistanos que compraram novos apartamentos entre 2014 e 2017, a maior parcela dos que permaneceram no bairro em que já viviam está no Tatuapé: 13%, segundo levantamento da Lopes Consultoria de Imóveis.
"É o local mais completo e com maior status na zona leste", explica João Henrique, diretor de atendimento ao incorporador da Lopes.
A diversificação de empreendimentos ali ajuda a fidelizar moradores. Há, por exemplo, apartamentos mais compactos –como os do You, Boulevard Tatuapé, com áreas de 50 metros quadrados (dois quartos) ou 70 (três quartos, com suíte).
"Há produtos para todos os públicos, pequenos e perto de metrô e mais afastados, mas com metragens grandes", afirma João Henrique.
O valor médio do metro quadrado no Tatuapé é um pouco mais alto do que a média da zona leste: R$ 8.700 contra R$ 7.550.
"A pessoa não tem interesse de sair dali porque já tem um bom padrão e encontra apartamento de todos os perfis", observa Fábio Verçosa, gerente da Diálogo, que tem 22 empreendimentos no bairro. Verçosa diz que 80% dos moradores desses prédios são oriundos do próprio Tatuapé.
| Alberto Rocha/Folhapress | ||
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| Piscina do Vereda Parque Tuiuti, entregue pela Diálogo em outubro |
A construtora entregou em outubro o Vereda Parque Tuiuti, com apartamentos de 127 metros quadrados equipados com ar-condicionado nas três suítes e churrasqueira no terraço. Cada unidade é vendida a partir de R$ 7.285 o metro quadrado. A empresa também ergue o Boulevard dos Cristais, em frente ao metrô, com imóveis de 80 metros quadrados (duas suítes) ou 120 (três). O metro quadrado, em média, sai R$ 9.000.
Com entrega prevista para maio de 2019, o prédio terá área para animais de estimação, brinquedoteca, salões de festa e de jogos, piscinas e sauna.
DE PAI PARA FILHO
"Vemos clientes fazendo 'upgrade' de imóveis no mesmo bairro, e hoje já são os pais que ajudam os filhos a ficar no Tatuapé", diz Verçosa.
É o caso de Miguel Correa, 24, supervisor de qualidade. Há dois anos, deixou a casa da família para morar no apartamento próprio, ali mesmo. "Até olhei alguma coisa na zona sul, mas acabei ficando por aqui. Com exceção do trabalho, faço tudo a pé: cursos, restaurantes, esportes no clube Cerat", diz.
O trânsito é um problema para ele, que trabalha perto de Guarulhos. "É um ponto negativo perto de uns 20 pontos positivos", minimiza.
| Divulgação | ||
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| Perspectiva de apartamento de empreendimento da Porte, em construção no Tatuapé |
O deslocamento para outras regiões da cidade é algo difícil também na visão de Marcos Melro, CEO da Porte Engenharia. Ele cresceu no Tatuapé, vive e trabalha ali e diz não trocar o estilo de vida local por qualquer outra região. "Faço esporte, caminho pela rua, vou ao parque a pé, isso é um conforto raro para quem mora em São Paulo."
Melro acredita que ainda é necessário atrair serviços e empresas para a região por meio de projetos de arquitetura e urbanismo, para aumentar a oferta de emprego no bairro e diminuir a necessidade de deslocamentos.
Nessa linha, a construtora Porte lança o Platina 220, de uso misto, que deve ser entregue em junho de 2021, com piscinas e academia. Reunirá apartamentos de 37 a 70 metros quadrados, salas comerciais e hotel. O metro quadrado parte de R$ 13 mil.
A Porte constrói também, no Tatuapé, o Helen, com 34 apartamentos de 374 metros quadrados e um dúplex de 669 metros quadrados, ao preço médio de R$ 13 mil o metro quadrado. Será entregue em julho de 2018 e terá área comum com espaço gastronômico, academia, piscina coberta e descoberta.
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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