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Zona Oeste

Na zona oeste, Barra Funda é líder em novos apartamentos

A Barra Funda foi o bairro da zona oeste de São Paulo que mais recebeu novos apartamentos nos últimos cinco anos, segundo levantamento do Grupo Zap VivaReal.

Entre 2013 e 2017, a região contabilizou 6.754 novos imóveis. É 85% mais do que o segundo lugar, o Butantã, com 3.643 unidades, e Pinheiros, com 3.475.

Entre os motivos que explicam a liderança estão a quantidade de empreendimentos lançados -ao todo foram 34- e o perfil desses edifícios: 75% são de apartamentos de um e dois dormitórios.

"A Barra Funda está em pleno processo de verticalização e recebeu diversos lançamentos de grande porte, que reúnem de três a cinco torres com mais de 20 pavimentos", diz Evanilson Barros, diretor comercial da Setin, que somente em 2016 lançou 280 unidades na região.

Hoje, o metro quadrado de lançamentos na região fica em torno de R$ 8.137. Na Pompeia é de R$ 11.287 e nas Perdizes alcança R$ 12.600.

Segundo Barros, a tendência é que o surgimento de novos edifícios valorize a Barra Funda ainda mais.

Alberto Rocha/Folhapress
Vista do prédio Tendência, da Setin, em obras na Barra Funda, zona oeste de São Paulo
Vista do prédio Tendência, da Setin, em obras na Barra Funda, zona oeste de São Paulo

A localização privilegiada é outro chamariz. "É uma zona de fácil acesso para diversas regiões da cidade. Está ao lado da marginal Tietê e próxima do centro e de bairros mais consolidados, como Perdizes, Pacaembu e Higienópolis", afirma o corretor de imóveis André Platti, que atua na região.

Segundo ele, a boa rede de transporte público também se destaca já que conta com o terminal Barra Funda, que reúne metrô, trem da CPTM, ônibus e rodoviária.

Essa facilidade de acesso é o que mais atrai a empresária Ana Carolina Martins, 29, que mora no bairro há dez anos. Nascida em Uberaba (MG), ela se mudou para a Barra Funda para cursar Engenharia Química na Faculdade Oswaldo Cruz.

Há quatro anos, comprou um imóvel de dois dormitórios na rua Brigadeiro Galvão. Hoje, Ana Carolina trabalha como gerente comercial e viaja muito de carro. "Na volta para São Paulo, chego à Barra Funda em poucos minutos", afirma.

Outra construtora que investe na região é a Yuny, com os empreendimentos West Side, de apartamentos de 67, 71 e 90 m², e o United Home, com plantas de 69 e 100 m². O primeiro, com data de entrega prevista para abril de 2021, tem preços a partir de R$ 445 mil. Já o segundo, previsto para janeiro do ano que vem, tem preços a partir de R$ 590 mil.

Divulgação
Vista do prédio Tendência, da Setin, em obras na Barra Funda, zona oeste de São Paulo
Perspectiva do hall de entrada do West Side, empreendimento da Yuny na Barra Funda

FAMÍLIA

O arquiteto José Luiz Tabith, 56, mudou-se para a Barra Funda com a mulher e os três filhos há dez meses.

"Morei em Higienópolis por 20 anos. O principal motivo que me fez mudar para cá foi o desenvolvimento pelo qual a área está passando. E os novos edifícios têm infraestrutura de lazer. Isso conta pontos para quem tem crianças", diz.

Alberto Rocha/Folhapress
Vista do prédio Tendência, da Setin, em obras na Barra Funda, zona oeste de São Paulo
José Luiz Tabith Júnior, 56, arquiteto, em seu apartamento na Barra Funda

O conjunto de três torres onde ele mora, na rua Norma Pierutti Gianotti, tem piscina, quadra e sala de ginástica.

Atenta a esse tipo de cliente familiar, a Setin lançou no bairro o edifício Tendência. A torre de 25 andares tem 280 unidades dois e três dormitórios, de 62 e 79 metros quadrados.

Os apartamentos custam a partir de R$ 478 mil, com previsão de entrega em junho do ano que vem.

A região também está se tornando um importante eixo comercial. O principal endereço das novas torres empresariais é a avenida Marquês de São Vicente, com três prédios em construção.

Gian Zucoloto, 37, dono da agência de marketing digital Full Bar, foi um dos que escolheu o bairro como novo endereço de negócios.

Depois de dois anos numa casa na Vila Madalena, ele levou sua equipe para o sétimo andar de um edifício recém-reformado na avenida Antártica. "O aluguel comercial na Barra Funda é bem mais barato. Antes eu gastava cerca de R$ 15 mil por um espaço de 200 metros quadrados. Hoje, desembolso R$ 22 mil, mas num ambiente três vezes maior", afirma.

BAIRROS VIZINHOS

Há um ano, quando procurava um apartamento para alugar, o professor de educação física Eduardo Adre Estrada, 37, se surpreendeu ao descobrir um novo bairro de São Paulo. "O corretor me disse que tinha uma ótima opção em Nova Higienópolis. Não imaginava onde ficava. Quando fui visitar o local era na Barra Funda", conta.

O edifício onde Estrada alugou um imóvel é o Cosmopolitan Higienópolis, da incorporadora MAC. Entregue em 2016, o empreendimento com estúdios de 36 metros quadrados fica a uma quadra do bairro que carrega no nome.

"Quando consulto o CEP do meu endereço, Rua Olímpia de Almeida Prado, estou oficialmente na Barra Funda. Mas digo aos meus amigos que moro em Nova Higienópolis só para tirar uma onda", brinca.

As unidades do Cosmopolitan custam a partir de R$ 353 mil.

"O mercado imobiliário costuma usar esses artifícios para atrair clientela. A Santa Cecília já virou Baixo Higienópolis e hoje já tem quem chame as ruas próximas ao Largo da Batata de Baixo Pinheiros. A própria Barra Funda abriga outra área que há alguns anos ganhou o nome de Jardim das Perdizes", diz o arquiteto e urbanista Pedro Aguirre.

O Jardim das Perdizes é um megaempreendimento erguido pela Tecnisa, em um terreno da Barra Funda de 44 mil metros quadrados. São cinco conjuntos de torres residenciais e apartamentos com preços que variam de R$ 600 mil a R$ 3 milhões.

A fisioterapeuta Mônica Dornelles, 35, mora com o marido num dos apartamentos do conjunto. "Quando recebo alguém em casa, todos me perguntam porque estou mais perto da Barra Funda do que das Perdizes", brinca.

PARA CIMAOnde estão os novos empreendimentos da Barra Funda*

6.754
apartamentos foram lançados na Barra Funda entre 2013 e 2017

34
empreendimentos foram anunciados, o maior número da zona oeste

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