Publicidade

Zona Oeste

Perdizes ganha novas casas de pães artesanais

Cada fornada de pão da Santiago Padaria Artesanal demora quase 30 horas para ficar pronta. Diferentemente dos pães comuns, as massas da casa são feitas com fermentação natural, mais leves e sem aditivos químicos.
Eles podem ser levados para casa –a unidade de 500 gramas custa R$ 20– ou consumidos ali, um aconchegante café aberto em outubro de 2017 na rua Tavares Bastos, 750, em Perdizes. Na vitrine, os pães dividem espaço com bolos e tortas, feitos com farinhas especiais.

Como a Santiago, padarias artesanais, que não vendem o tradicional pão francês, comuns em bairros como Jardins e Pinheiros, começam a encontrar um lugar na região das Perdizes.

Alberto Rocha/Folhapress
São Paulo, SP, Brasil, 20-03-2018: Mesa com Stollen de marzipan, Brezel com nutella, café espresso, sanduíche de peito de peru, torta de Streusel com ruibarbo e morango, croissant com manteiga e pães especiais da padaria Das Brot, em Perdizes. (Foto: Alberto Rocha/Folhapress)
Pães da Das Brot, padaria em Perdizes, na zona oeste de São Paulo

"Pinheiros até combinava mais com a nossa proposta, mas lá já tinha muita opção", diz Lucas Alves, 40, um dos sócios da Santiago. "Aqui há um perfil socioeconômico parecido e não tinha muitos estabelecimentos do gênero. Existia uma lacuna."

Essa falta de oferta também levou Danilo de Araújo, 36, a escolher o bairro para inaugurar no ano passado uma unidade da sua franquia Das Brot, rede com pães importados da Alemanha, de fermentação natural, na rua Ministro Ferreira Alves, 572. O pretzel, ou brezel, com manteiga custa R$ 7,50.

"Aqui tem um público que viaja bastante, conhece outras culturas e não está tão preocupado com preço quanto está com qualidade", diz.

Mudar o perfil foi a solução encontrada para sobreviver num cenário em que se encontra o pão francês em supermercados e até postos de gasolina, diz Antero Pereira, presidente do Sindipan, sindicato das panificadoras e confeitarias de São Paulo.

Como consequência, começaram a aparecer modelos variados: tanto as pequenas especializadas quanto as imensas que vendem de tudo, como a Lareira, aberta em 2016 na avenida Sumaré, 488.

Alberto Rocha/Folhapress
São Paulo, SP, Brasil, 20-03-2018: Mesa com Stollen de marzipan, Brezel com nutella, café espresso, sanduíche de peito de peru, torta de Streusel com ruibarbo e morango, croissant com manteiga e pães especiais da padaria Das Brot, em Perdizes. (Foto: Alberto Rocha/Folhapress)
Salão da Padaria Artesanal Santiago

No salão de 2.300 m² há lanches, pratos, buffet de almoço, jantar e café da manhã, mercearia com vinhos, queijos finos, doces e pães especiais e 40 sabores de pizza que saem do forno a lenha.

Poucos meses depois, a algumas quadras dali, na rua Padre Chico, 158, abriu uma filial da rede AJ MM, combinação de padaria, lanchonete, pizzaria, restaurante, buffet e conveniência.

Para as padarias da velha-guarda, restou se repaginar para não perderem espaço para as recém-chegadas. "Antes só tínhamos misto, bauru e x-salada. Isso ficou para trás", diz Tomaz da Costa, gerente da La Plaza, que está desde 1981 na praça Irmãos Karmam, 40.

Os pratos à la carte chegaram à casa em 2007, as tapiocas, em 2015 e o buffet de almoço por quilo, em 2016.

Publicidade
Publicidade
Publicidade