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bairros que mais crescem

Itaim Bibi dribla pouco espaço para novos prédios e se expande de olho em executivos em SP

Nem a escassez de terrenos disponíveis faz o ritmo das construções diminuir no Itaim Bibi. O bairro da zona oeste de São Paulo é o segundo em número de novos empreendimentos nos últimos 25 anos, com mais de 300.

Somente nos últimos três anos, de janeiro de 2015 a janeiro de 2018, foram 29 novos prédios, segundo o Secovi (sindicato do setor).

Os lançamentos têm algo em comum: são apartamentos de alto padrão voltados aos executivos das multinacionais que se fixaram no Itaim Bibi nos últimos cinco anos, como o Google.

Projetado pelo arquiteto Arthur Casas, o Un1co, da Meta Incorporadora, tem apartamentos de 85 a 170 metros quadrados, com preços a partir de R$ 2,04 milhões.

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Bairro do Itaim Bibi, na zona oeste de São Paulo; ao centro, com piscina redonda, o empreendimento Un1co, da construtora Meta

As unidades começaram a ser entregues há um ano. As primeiras a ser arrematadas foram as do térreo, que contam com jardim privativo e árvores frutíferas.

Ambientes amplos, ofurôs ao ar livre, bicicletário e espaço gourmet integrado à piscina –tudo isso em uma rua fechada sem saída– atraíram um público bem específico, diz Rodrigo Losi, 41, diretor comercial da Meta.

"São jovens executivos ou empresários de classe média alta. Cada apartamento tem duas vagas na garagem, mas ela nunca fica cheia. A maioria mora ali para estar perto do trabalho e usa outros meios de transporte, inclusive a bicicleta", afirma.

De acordo com Losi, o segmento de alto luxo é o único viável para o bairro em função do preço dos terrenos.

"É raro a gente encontrar áreas disponíveis. E, quando encontra, entra em disputas complicadas com outras incorporadoras e investidores, praticamente um leilão."

Outra característica que vem chamando a atenção no Itaim Bibi é a prevalência de plantas generosas. Levantamento do site Imovelweb revela que, entre os lançamentos residenciais, 60% têm três ou mais dormitórios.
Imóveis de até 100 metros quadrados são a minoria: 15%.

"As incorporadoras migraram os lançamentos com unidades menores para bairros próximos, como a Vila Olímpia, onde o metro quadrado ainda é um pouco mais baixo, reservando para o Itaim Bibi os de altíssimo padrão, que proporcionam margem de lucro bem maior", afirma Leonardo Paz, 38, presidente-executivo da Imovelweb.

Segundo ele, o Itaim Bibi ficou praticamente blindado durante a crise do setor nos últimos três anos. "O preço dos aluguéis caiu um pouco, mas praticamente não houve desvalorização do metro quadrado para venda, que hoje passa dos R$ 13 mil."

Nada que se compare, no entanto, ao preço fixado pela Cyrela para as unidades do Heritage by Pininfarina, com entrega prevista para 2020.

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Foliões se divertem com o bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, na região central de São Paulo, na noite deste domingo
Projeto em 3D da piscina do empreendimento Heritage, da Cyrela, em obras no Itaim Bibi

Projetada pelo estúdio italiano de design responsável pela Ferrari, a torre com 31 andares tem apartamentos de 570 metros quadrados com cinco suítes e seis vagas na garagem.

As exceções são a unidade do térreo, com 910 m², e a cobertura dúplex, com 1.036 m².

Segundo Piero Sevilla, 38, diretor de incorporação da Cyrela, metade das unidades já foi vendida pelo preço médio de R$ 17,5 milhões –pouco mais de R$ 20 mil pelo metro quadrado. 

"A Cyrela já desenvolveu nove empreendimentos no Itaim Bibi e acreditamos que o bairro ainda tem potencial de crescimento. Continuamos à procura de oportunidades."

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