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bairros planejados

Novo empreendimento na zona leste de SP aproveita fama de parque vizinho

Incrustado entre os bairros Itaim Paulista, Guaianases e Vila Curuçá, na zona leste de São Paulo, o bairro planejado Parque das Flores empresta parte do nome do vizinho Parque Municipal Chácara das Flores.

"É uma área muito densa em vegetação e ideal para quem quer estar perto da natureza", diz Sérgio Thomas, diretor de incorporação da Jalico, responsável pelo projeto.

Dentro dos 115 mil metros quadrados do empreendimento, o maior diferencial é justamente a área verde (cerca de 28 mil metros quadrados), vista pela construtora como uma continuação natural do parque municipal e parte da contrapartida demandada pela prefeitura para a construção do complexo.

Divulgação
Empreendimento Parque das Flores, da Jalico, ao estilo bairro planejado na zona leste de São Paulo
Empreendimento Parque das Flores, da Jalico, ao estilo bairro planejado na zona leste de São Paulo

O projeto prevê 2.490 apartamentos de dois dormitórios, com plantas de 35, 40 e 48 metros quadrados em 24 torres. Os imóveis da primeira fase, que inclui quatro torres previstas para setembro de 2019, são vendidos a partir de R$ 174 mil.

Cerca de 70% das unidades foram vendidas, de acordo com a incorporadora.

O bom índice em um momento de lenta recuperação do mercado imobiliário é resultado da estratégia da Jalico de reduzir margem de lucro e agilizar a aprovação da venda.

A expectativa da incorporadora, aponta Thomas, é que o projeto de grandes proporções traga renovação ao mercado imobiliário da região.

"Esta é uma área caótica, desordenada. Destinamos uma quadra do bairro para a construção de serviços, como um hipermercado e bancos", diz. Há também uma área reservada para um bolsão comercial, ainda sem projeto.

A arquiteta Márcia Grosbaum, do escritório JWurbana, corrobora.

"Quem mora nessa região tem pouca infraestrutura básica, seja de lojas ou serviços públicos. Só existem casas", afirma Grosbaum, especializada em Plano Diretor.

Ela questiona, contudo, se apenas a chegada do bairro planejado será suficiente para renovar o interesse das construtoras na região. Segundo Grosbaum, é preciso mais incentivos para atrair outras construtoras ao bairro.

A arquiteta aponta que a ampla área verde exige alto custo de manutenção, principalmente com segurança, o que pode aumentar o valor do condomínio e fugir do padrão econômico previsto para um empreendimento do Minha Casa Minha Vida.

Para absorver parte do adensamento populacional esperado com a conclusão do empreendimento, a construtora teve de fazer a ligação das vias internas do loteamento ao sistema viário da cidade, explica Max Noé Neto, da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura.

"Haverá um impacto na região, como aconteceu com a verticalização em Moema ou na Vila Leopoldina", afirma Noé Neto.

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