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Saiba quando a compra do imóvel é um bom investimento

Mercado oferece bons preços, efeito de um período de vendas mais fracas

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Valdir Ribeiro Jr.
São Paulo

Um cenário que une taxa básica de juros baixa, melhores condições de financiamento imobiliário e preços atrativos de lançamentos faz com que seja um bom momento para investir em imóveis. 

“Os juros básicos estão no patamar de 5,5%, caminhando para 5%. Isso faz com que a renda fixa fique menos rentável e os ativos em imóveis se valorizem”, explica Emilio Kallas, que é vice-presidente de incorporação e terrenos urbanos do Secovi-SP (sindicato do setor).

Ele afirma que o mercado imobiliário é uma opção natural para os investidores de perfil mais conservador.

“O imóvel oferece solidez. Você tem um terreno, um bem”, diz.

O mercado imobiliário oferece também bons preços, efeito de um período de vendas mais fracas do qual o setor começa a sair. 

“Temos imóveis com valores razoáveis, que basicamente não tiveram alteração de preço nos últimos quatro anos”, afirma Bruno Gama, diretor da Credihome, plataforma digital de crédito imobiliário.

Ajuda também a redução nos últimos anos das taxas de juros cobradas pelos bancos para o financiamento imobiliário, que hoje giram em torno de 9%. 

O diretor de vendas e clientes da incorporadora Even, Marcelo Dzik, afirma haver maior procura de investidores pelos empreendimentos da marca desde o ano passado. 

Em agosto, a construtora vendeu no lançamento todas as 88 unidades do prédio By Way, na Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo. São apartamentos compactos, de 23 a 33 metros quadrados, que custam em torno de R$ 400 mil.

O advogado e investidor Marco Fialdini, 38, é um dos  novos proprietários do By Way. Ele conta que, com a queda dos juros, resolveu diversificar os investimentos. Para isso, aplicou 25% do seu patrimônio em seis imóveis. 

“Fui para uma área que acredito que será rentável: os imóveis de pequeno porte. Comprei pensando em locação por diária, como quarto de hotel”, afirma Fialdini.

O principal cuidado para quem quer começar a investir nesse setor é fazer corretamente os cálculos e não ficar sem liquidez. Gama, da Credihome, recomenda que a parcela do crédito não ultrapasse 35% da renda mensal do investidor. 

A conta deve incluir ainda os gastos extras na estrutura, como a instalação de armários e iluminação, que ficam em 15% do valor do imóvel, em média. Há também os custos com cartório e impostos de compra e venda, que somam cerca de 5% do valor da propriedade.

Na hora de vender o apartamento, a margem de lucro mínima para valer o investimento gira em torno de 10% e 15% do valor total da compra, afirma o especialista. 

Para quem quer alugar, o montante mensal cobrado deve ser equivalente a ao menos 0,5% do valor do bem. 

“Se o rendimento com aluguel estiver abaixo disso, não está valendo a pena locar o imóvel. O proprietário pode tentar vendê-lo para ter uma rentabilidade melhor”, diz.

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