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Indústria se renova para oferecer veículos cada vez menos poluentes

A indústria automobilística se transforma e usa novas tecnologias para fazer carros mais sustentáveis, menos nocivos ao ambiente.

Entre elas estão itens que reduzem a emissão de poluentes com a diminuição no gasto de combustível -o que também é bom para o bolso.

Outro campo é a busca por materiais alternativos na produção. A Fiat pesquisa o uso de filme fotovoltaico, "painel flexível" de energia solar. Ela é armazenada na bateria e vai para faróis e ar-condicionado, por exemplo.

Em Belo Horizonte, circulam 25 carros já equipados com os filmes, para coleta de dados. Toshizaemom Noce, supervisor de inovação da empresa, diz que, na Europa, onde estudos semelhantes são conduzidos, a economia fica entre 1% e 2%. Ainda não há previsão da chegada da tecnologia ao mercado.

A Fiat também estuda matérias-primas renováveis. Um exemplo bem sucedido é o painel do Novo Uno Evolution (R$ 43.860), feito com Ecomold -mistura de fibra de juta, material vegetal e biodegradável, e polipropileno.

Já a aposta sustentável da Toyota é o Prius (R$ 119.950), veículo híbrido que funciona com gasolina e eletricidade.

No ranking do Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro, ele é o mais econômico e, consequentemente, tem baixa emissão de gases poluentes. Comparado com outros veículos de mesmo porte, é 50% mais econômico.

MENOS POLUENTES

Para Djacinto Santos Junior, físico da USP que estuda a poluição do ar urbano, as inovações e melhorias no combustível têm impactos positivos na qualidade do ar. Reduzem as emissões dos principais poluentes, como o monóxido de carbono.

"As medidas devem ser acompanhadas pela renovação da frota e é fundamental a redução do número de veículos. Isso exige soluções para mobilidade urbana, como expansão e melhoria dos sistemas de metrô e ônibus, e o investimento em ciclovias."

O Centro de Pesquisa em Engenharia Professor Urbano Ernesto Stumpf, inaugurado pelo Grupo PSA, fabricante da Peugeot e da Citroën, e pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP), integra desde 2014 cientistas de USP, Unicamp, ITA e Instituto Mauá de Tecnologia.

Com verba de R$ 16 milhões em dez anos, estuda a menor emissão de gases e a viabilidade econômica dos biocombustíveis. Franck Turkovics, um dos coordenadores, diz que os primeiros resultados devem surgir em um ano.

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