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Com modelo Kicks, Nissan entra na disputa dos SUVs compactos

Quando desembarcar nas concessionárias em 5 de agosto, por R$ 89.990, o Kicks causará uma ruptura na gama Nissan. Primeiro SUV compacto da marca, destoa de tudo o que a montadora japonesa oferece hoje no Brasil.

O modelo chega atrasado ao mercado. Enquanto a Jeep lançava o Renegade no Salão de São Paulo de 2014, a Nissan apresentava o protótipo Kicks, que dois anos mais tarde seria sua aposta no promissor segmento de SUVs compactos. De lá para cá, foram mantidos o desenho e o nome.

Depois, vieram Honda HR-V (líder do segmento) e Peugeot 2008. Sem falar no precursor Ford EcoSport, no Renault Duster e no Chevrolet Tracker, já veteranos.

Segundo a Nissan, o Brasil é o primeiro a comercializar o novo modelo, que será introduzido na América Latina e, depois, em mais de 80 países.Por ora importado do México na versão topo de linha SL, será nacional até março de 2017.

ORIGEM

Seu alicerce é a plataforma V, sobre a qual são construídos o hatch March e o sedã Versa. Mas há tantas modificações que a Nissan passou a chamá-la de V Extended (estendida) e nem sequer considera que é a mesma base para os três modelos.

A principal diferença é o interior. A começar pela ergonomia. Além de ter ajuste de profundidade do volante, ausente em March e Versa, o sistema é mais sutil, evitando o despencar da coluna na hora do ajuste, uma das assinaturas do hatch e do sedã. Os bancos acomodam melhor quem vai na frente e encorajam longas viagens -cansativas para quem dirige o March.

Bem acomodado ao volante, o motorista se depara com o painel mais criativo da categoria. À esquerda do velocímetro analógico, uma tela de sete polegadas exibe o conta-giros. Mas, se o condutor preferir, pode tirá-lo da vista e selecionar funções como computador de bordo, configurações do sistema de áudio ou navegação. São 12 telas, mais o novo sistema multimídia.

NO LIMITE

O trabalho feito na suspensão é extenso. Na traseira, há uma travessa de maior rigidez e uma nova estrutura de isolamento. Na dianteira, foi instalada uma subestrutura maior e 300% mais rígida. Traduzindo, o Kicks é mais estável e absorve melhor os impactos vindos do solo.

O motor é uma evolução do 1.6 de 16 válvulas que move March e Versa, aqui com 114 cv e 15,5 kgfm de torque.

Graças aos espartanos 1.142 kg do Kicks, dá boa desenvoltura ao jipinho com a ajuda do câmbio do tipo CVT, que simula trocas de marchas como um automático convencional.

A combinação de ambos prioriza a economia de combustível: durante o teste, em trecho urbano, o computador de bordo chegou a registrar média de 20 km/l.

Contudo, não será a referência do segmento em modernidade e desempenho - há rivais mais potentes e outros com opção de motores a diesel e turbinados.

Cativante no estilo e na dinâmica, o Kicks também oferece bons argumentos na lista de equipamentos. Destaque para as câmeras que circundam o carro e fornecem imagens para o Detector de Objetos em Movimento, que exibe via central multimídia objetos ao redor do veículo que eventualmente não foram notados em uma manobra, por exemplo.

Bem equipado, bom de guiar e sem o habitual design conservador que marca outros carros da Nissan, o Kicks ainda terá a seu favor exposição da Rio-2016, do qual será o carro oficial.

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