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Vitrificação e limpeza com ozônio buscam revigorar carros usados

O brasileiro tem valorizado os automóveis usados. Segundo pesquisa da consultoria J.D. Power feita ao longo de 2016, 76% dos cerca de 5.000 entrevistados pensam em optar por um veículo usado quando chegar a hora de comprar ou trocar.

Ao levar um modelo assim para a garagem, é possível fazer melhorias para deixá-lo com aspecto de carro novo.

O mesmo vale para quem pretende permanecer mais tempo com o seu "velhinho".

Começando pela parte externa, cresce a oferta dos serviços de vitrificação. "É um produto que cria uma camada em cima do verniz, como se fosse uma película protetora para a tela do celular", diz Evandro Oliveira, sócio-diretor da rede Acquazero.

Além da defesa contra a chuva e contra o sol -incluindo até pequenos impactos, diz Oliveira- a aplicação conserva o brilho do carro.

O aspecto lustroso, no entanto, não é resultado da vitrificação em si, mas da primeira etapa do processo de revitalização: o polimento.

Polir também significa remover riscos superficiais, que atingiram apenas o verniz da pintura. "É quase como trocar a pele do veículo, um 'peeling'", afirma Oliveira.

Adriano Vizoni/Folhapress
Funcionário da Acquazero 'vitrifica' carro, em unidade do shopping D, zona norte de SP
Funcionário da Acquazero 'vitrifica' carro, em unidade do shopping D, zona norte de SP

Antes de executar o serviço, é preciso avaliar se há sulcos mais profundos na lataria, que exigiriam repintura ou serviços de funilaria.

"Se tiver um risco no tampo de uma mesa e ela for coberta com vidro, o dano vai continuar aparente", exemplifica Oliveira.

A vitrificação, que geralmente inclui o polimento, custa entre R$ 700 e R$ 1.500 -dependendo do tamanho do carro e do estado da pintura- e dura três anos.

Carro 0 KM

O comerciante Edilson Dantas, 37, vitrificou seus dois carros: um Ford Eco-Sport vermelho e um Hyundai ix35 branco. "Fiz por causa do brilho, que dura um bom tempo, mas a proteção também pesou na escolha."

O período pós-aplicação requer alguns cuidados: o veículo não pode ser lavado na primeira semana. Já no longo prazo, a recomendação é usar produtos com base vegetal, menos agressivos à carroceria do carro.

Se a ideia é gastar pouco, a cristalização é uma boa opção. Trata-se da aplicação de cera de carnaúba, que protege a pintura e dá mais brilho. Com vida útil de seis meses, custa cerca de R$ 500.

Para gastar menos ainda, Marcus Lima, diretor da fabricante de tintas automotivas Axalta, aconselha lavagens frequentes, já que a sujeira acumulada pode agredir a pintura.

"Devem ser feitas na sombra, com água, sabão neutro e esponja macia", diz.

Adriano Vizoni/Folhapress
O comerciante Edilson Dantas com seu SUV Hyundai ix35, que passou pelo processo de vitrificação há dois meses
O comerciante Edilson Dantas com seu SUV Hyundai ix35, que passou pelo processo de vitrificação há dois meses

Para carros com a pintura mais desgastada, que começaram a esbranquiçar e ganharam um tom opaco, o jeito é partir para a repintura.

E os lava-rápidos? As clássicas esponjas verticais usadas por eles evoluíram, tornando-se mais macias. Mas o movimento de rotação é "muito forte", afirma Oliveira, da Acquazero. "Podem causar riscos na pintura. Também já vi retrovisores sendo arrancados durante esse processo de limpeza."

LIMPEZA COM OZÔNIO

A presença de bolhas e o desbotamento são sinais de que é hora de fazer a troca da película dos vidros.

Para além da sensação de segurança proporcionada pelo filme, empresas como Llumar e Insulfim oferecem produtos que bloqueiam raios UV e diminuem a temperatura no interior do carro. O preço parte de R$ 300, e a instalação dura 40 minutos.

Por tabela, a película também ajuda a preservar a parte interna. "Evita um volante descascado, por exemplo", afirma Igor Campitelli, diretor da Llumar.

A remoção do produto antigo e a instalação do novo devem ser feitas em oficinas recomendadas pelas fabricantes. Isso porque, se feita de qualquer maneira, a retirada do filme pode acabar "depilando" o desembaçador do vidro traseiro.

Um aspecto menos visível -mas também incômodo- de alguns anos de uso é o cheiro impregnado no interior do veículo, causado por cigarro, mofo e líquidos derramados, por exemplo.

Para se livrar desse ranço é possível recorrer ao ozônio, empregado em uma técnica chamada de oxi-sanitização.

"Um aparelho, alimentado pela energia do próprio carro, transforma o oxigênio presente no interior do veículo em ozônio", explica Leonardo Vega, engenheiro mecânico da oficina ServCentro.

Durante a aplicação, o ar-condicionado deve ser mantido ligado, promovendo a circulação do ozônio pelo interior do veículo. O processo custa, em média, R$ 100 e leva 30 minutos.

"Não fica cheiro nenhum no carro. Se o dono quiser, pode aplicar algum tipo de perfume", diz Vega.

Comumente utilizada em hospitais, a técnica também tem a vantagem de eliminar bactérias e germes.

Se o mau odor persistir, é recomendável a troca dos filtros de ar-condicionado, que podem ser a origem do cheiro.

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TAPA NO VISUAL
Onde encontrar serviços para melhorar o aspecto do carro, em São Paulo

VITRIFICAÇÃO

Acquazero
Avenida Nações Unidas, 12551, Brooklin, e outras unidades. Tel. (11) 3903-4192; acquazero.com.br

Desamassa
Rua Lopes Chaves, 243, Barra Funda. Tel. (11) 3824-0517; desamassa.com.br

INSTALAÇÃO DE PELÍCULA

Art Som Auto
Rua Francisco Alves, 16, Vila Romana. Tel. (11) 3673-7178; artsomauto.com.br

Insulfilm
Avenida Pacaembu, 77, Pacaembu. Tel. (11) 4062-0098; insulfilmpacaembu.com.br

OXI-SANITIZAÇÃO

Lave Park
Rua Guaicurus, 331, Lapa, e outras unidades. Tel. (11) 3675-7618; lavepark.com.br

Pluscar
Rua Nelson Gama de Oliveira, 217, Morumbi. Tel. (11) 3771 5153
pluscarsom.com.br

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