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Peugeot busca se reinventar com o utilitário de luxo 3008; confira teste

O trajeto começa em Copacabana. O Rio foi o local escolhido pela Peugeot para apresentar o novo 3008, que foi avaliado em viagem de volta a São Paulo pela rodovia Presidente Dutra e também no Teste Folha-Mauá.

Ao todo, foram percorridos 900 quilômetros com o carro, que mudou de perfil.

Antes, o modelo francês era uma minivan com aspecto aventureiro. Agora, tem as linhas de um SUV (utilitário esportivo), embora não traga tração 4X4 –da mesma forma que a maioria dos rivais.

"SUV é uma apropriação de mercado, foi o consumidor que ditou isso", afirma Daniel Nozaki, diretor de design da PSA Peugeot Citroën na América Latina. Ele ressalta as proporções do carro, com volumes bem definidos, que dão aspecto robusto.

A carcaça à moda jipe recebe um interior luxuoso. O motorista vê o painel digital por cima do volante, e não entre seu aro, como na maioria dos automóveis.

Divulgação
Peugeot 3008 em teste no Rio
Peugeot 3008 em teste no Rio

Os bancos dianteiros têm forração de couro, aquecimento e massageadores embutidos. Após achar a posição ideal, o motorista precisa dedicar um tempo para entender o que são os tantos botões localizados sob uma tela central sensível ao toque.

Em movimento, o motor 1.6 THP (165 cv) confere ao utilitário desempenho convincente. No trecho rodoviário, percorreu 16,3 quilômetros com um litro de gasolina, de acordo com as medições do Instituto Mauá de Tecnologia.

O 3008 se mostrou mais esportivo do que utilitário na estrada. Inclina pouco nas curvas e roda em silêncio, a despeito de seu porte avantajado. Aplausos para a nova plataforma modular EMP2, que vem mudando a pegada dos carros da PSA.

O acabamento do 3008 –que custa R$ 136 mil em versão única– não encontra pares entre os modelos "comuns". Suas características o aproximam de Audi Q3 1.4 TSI (a partir de R$ 155,7 mil) e BMW X1 20i (R$ 182 mil).
A marca busca retomar o prestígio perdido nos últimos anos, quando viu sua participação de mercado minguar.

"Nos colocaram em uma cesta de marcas cujos carros desvalorizam mais, não entendo o porquê disso", diz Ana Theresa Borsari, diretora-geral da Peugeot do Brasil.

Talvez a explicação esteja nas estratégias de venda com grandes oscilações de preço. As lojas comercializavam carros com descontos polpudos e depois tentavam recuperar a margem de lucro nos serviços de oficina. A montadora, pioneira em revisões a preço fixo no Brasil, perdeu qualidade no atendimento.

Divulgação
Interior tem telas digitais e bancos de couro com regulagens elétricas para o motorista
Interior tem telas digitais e bancos de couro com regulagens elétricas para o motorista

Para mudar a imagem, a Peugeot descredenciou revendedores e investiu em 1.000 automóveis reserva. Se o tempo de revisão ou reparo ultrapassar quatro dias, o cliente recebe um substituto. Se o valor do conserto ficar acima do orçado, a empresa cobre a diferença.

A marca francesa também perdeu prestígio e mercado na década passada devido a produtos desconectados com os desejos do público, como o 307 Sedan e os compactos 207. Modelos como o 3008 mostram que a empresa está recuperando a vocação de superar expectativas.

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PEUGEOT 308 1.6 THP

POTÊNCIA 165 cv a 6.000 rpm
TORQUE 24,5 kgfm a 1.400 rpm
CÂMBIO Automático, de seis marchas
PORTA-MALAS 520 litros
PESO 1.567 kg
PNEUS 235/50 R19
ACELERAÇÃO (0 a 100 km/h) 9,6s
RETOMADA (0 a 100 km/h) 6,7s
CONSUMO URBANO 10,6 km/l
CONSUMO RODOVIÁRIO 16,3 km/l
PREÇO R$ 135.990

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